04/02/2021, 1:06 h
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O estado de sítio com que nos vemos confrontados com notícias em alarme, constantemente bombardeadas pelos diversos órgãos de comunicação, causam ao mais desatento comum dos mortais, um regime de inquietação e insegurança para enfrentar os caminhos do futuro.
Perante tais questões que se reafirmam num poder de alguma autenticidade, teremos TODOS de orientar uma filosofia de vida que nos promova a ideia de um vencedor.
Se nos perguntarmo-nos a nós próprios, tantas foram as angústias passadas, vivenciadas, tantas foram as esperanças perdidas, e ao mesmo tempo tantas foram as soluções que nos causaram uma rejuvenescedora fórmula de reacender a chama para a reconquista do futuro. Ser dono da nossa história, marcada pela verdade dos tempos, será sempre uma forma de autenticar a nossa independência perante a estranheza de qualquer conflito.
É claro que jamais deveremos esconder a notícia, mas devemos fazer o exercício da mesma com seriedade e otimismo, de forma direta e não deturpada, assumida e não enviesada, congruente do que se diz e com a verdade dos factos.
Por vezes sentimos o desconforto das notícias movidas pelo estado de condutas indignas de quem as pratica, e colocando a questão duma insensibilidade perdida entre gente possuída de mediocridade e covardia, vivendo instalados na nostalgia e na frustração.
Sou um otimista convicto. Creio, contudo, que, deveremos ser cautelosos com o excesso de confiança. Quando esta não for bem gerida e de forma séria e oportuna, mais fácil podemos tropeçar no enredo que nos pode conduzir ao fracasso. Se o sucesso não pode neste momento ser obra de exaltação, o fracasso não pode ser fruto de entorpecimento, pois quando fazemos do lamento um hábito, temos a sombra em perseguição.
Conta-se que um certo indivíduo tinha medo de tudo o que lhe aparecia, inclusive da própria sombra. Num determinado dia de sol luzente, ele repara que a sombra o perseguia de forma constante. Começou da marcha à corrida e a sombra, é claro, o ia perseguindo. Correu … correu de forma desalmada até determinada distância e vendo a perseguição constante da sua sombra, caiu de forma absolutamente desequilibrada e brusca e desfaleceu. Ele não reparou que enquanto corria, fugindo da sua sombra, passou num bosque entre árvores. Bastava ter-se encostado a uma dessas árvores e a sombra teria desaparecido!...
Na nossa vida estamos rodeados de sombras, mas também de jardins, de gente que nos quer bem, que nos rodeiam e envolvem e que estão sempre disponíveis para nos acudir inspirados com a valedora mão da sua magna identidade.
Desejo aos meus queridos leitores e leitoras da “nossa” Gazeta que façam deste tempo de passagem uma oportunidade de cultivar o dom da vida como o mais sublime dos ideais, ficando com a certeza de que, à medida que a desfrutamos, esta se torna demasiado curta para estar com pressa de a viver!...
Bem Hajam.
José Neto: Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador.
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