29/11/2020, 14:10 h
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Caracterizemos o “tempo” como uma dimensão que não se possui, não se compra, não se imobiliza, simplesmente vive-se e num único sentido.
Hoje vivemos e sentimos a agonia causada por esta fatídica pandemia, com a obrigação e o dever de contribuirmos afincadamente para a sua rápida extinção. O tempo não pára, e amanhã recordaremos com mais ou menos tristeza o que vivenciamos, com um sabor amargo que podíamos ter feito mais e melhor. Algumas cicatrizes ficarão para sempre.
Em tempos difíceis, naturalmente somos levados a momentos de reflexão e análise, que nos conduzirá e incentivará á construção de um futuro mais resiliente a futuras ameaças, sejam elas sociais, económicas, ambientais ou territoriais.
Sem colocar em causa as respostas imediatas de emergência quer no plano sanitário ou económico, o concelho e o poder local, devem começar a preocupar-se no médio e longo prazo nos aspectos de natureza estrutural, na conquista de uma resiliência do sistema económico, social, ambiental e até institucional. Estou certo e partilho desta preocupação.
“Visão estratégica para o plano de recuperação económica de Portugal 2020-2030” desenvolvida pelo Professor António Costa Silva e O Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026 andarão certamente de mãos dadas e serão óptimas ferramentas para projectarmos o futuro e orientarmos o nosso destino.
Sendo Paços de Ferreira, um concelho de gente jovem, empreendedora, com capacidade técnica e intelectual, com uma elevada densidade populacional, com um tecido industrial e empresarial acima da média, terá certamente condições para crescer, evoluir, tornar-se mais competitivo, preparar-se para resistir a crises futuras. Terá simplesmente de “não deixar passar o tempo”, aproveitar os recursos disponíveis e pôr os pés a caminho. Estamos perante uma oportunidade única para projectarmos um futuro comum, á margem de partidarites, eleitoralismos e quezílias político-partidárias.
Muito há para fazer, na transição digital e climática, na descarbonização, no cumprimento das metas ambientais inscritas no quadro europeu, no caminho a percorrer para a indústria 4.0, 5.0 e outras que já se avizinham (6.0), na parceria entre o mundo científico, tecnológico e produtivo, na redução das vulnerabilidades sociais, toda uma panóplia de acções e projectos, que visem o desenvolvimento e o bem-estar das populações, colocando-nos num patamar europeu de referência.
Acordemos, sintamos este clique, sentemo-nos á mesa e trabalhemos na preparação do futuro do concelho.
O Partido Socialista, quer ser impulsionador e parte activa relevante neste processo evolutivo.
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