Por
Gazeta Paços de Ferreira

13/07/2021, 8:31 h

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RESPIRAR É VIVER

Marta Gomes

A respiração é a primeira e a última coisa que fazemos na vida.

Não há nada mais nutritivo do que um bom aporte de oxigénio. Precisamos mais de oxigénio para viver do que do alimento e damos muito mais importância à comida do que ao ar que respiramos.

A mudança dos padrões de respiração restabelece o equilíbrio nos sistemas de resposta ao stress, melhora a qualidade de sono, acalma uma mente agitada, alivia sintomas de ansiedade e de perturbação de stress pós-traumático, aumenta a energia, a concentração, melhora a saúde física, a resistência, o desempenho e, também, os relacionamentos.

O stress parece ser algo inerente nos dias de hoje. Inicialmente podemos sentir uma certa tensão, preocupação excessiva ou até ter dificuldade em adormecer. Mas com o tempo a situação progride para verdadeira ansiedade, insónia, fadiga, irritabilidade e dor em parte ou em todo o corpo.

O corpo tenta adaptar-se ao stress. Liberta mais cortisol, mais adrenalina, mais neurotransmissores excitatórios, traduzindo-se em mais oxidação celular e mais inflamação. Tais alterações hormonais e de neurotransmissores influenciam o sistema imune deprimindo-o. Sem a colocação de um término ou abrandamento, a situação evolui para um quadro de exaustão surgindo doenças físicas moderadas a graves.

É possível prevenir e até reverter esta progressão aumentando a força, o equilíbrio e resistência do sistema de resposta do corpo ao stress.

A respiração consciente volta-nos para a atenção plena, para o momento, para o nosso corpo no momento.

Por exemplo, a respiração lenta, a um ritmo de cerca de cinco ou seis respirações por minuto, encontra-se no ioga, no chi kung e na meditação budista. Uma crescente investigação na área dos exercícios respiratórios e redução do stress oxidativo e consequente inflamação tem vindo a ser feita.

A respiração consciente é uma âncora que induz uma ressonância entre o ritmo do coração e do cérebro. Aprender as suas diferentes técnicas é uma arte essencial.

Resumindo, podemos escolher três formas e viver. Tomar comprimidos (fármacos) diariamente, diminuir o factor stressor ou reservar 20 minutos por dia para praticar a respiração consciente (exercícios respiratórios específicos).

Se a escolha é activar o processo natural de cura do corpo e entrar em contacto com o eu orgânico, genuíno, ousado, então a prática de respiração consciente passará a rotina diária.

Quem consegue abrandar a sua respiração para um ritmo de cinco a seis respirações por minuto? Deixo-vos o desafio.

Marta Gomes

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