24/01/2021, 18:34 h
106
O nosso corpo é a nossa casa.
Quão confortáveis estamos na nossa casa?
Afastamo-nos, muitas vezes, da melhor versão de nós mesmos. Perdemos o contacto com o nosso corpo, perdemos a relação com ele.
Negligenciamos cuidados básicos como descanso, hidratação, escolha de alimentos não processados, prática de respiração consciente e movimento consciente. Não investimos nele, não o respeitamos e esperamos que ele esteja sempre apto para satisfazer todas as nossas vontades, ambições e ideais.
Relembro mais uma vez a respiração. Não somos capazes de morrer apenas ao prendermos a nossa própria respiração. Por muito que tentemos manter-nos em apneia os nossos pulmões assumem o comando de forma a nos obrigar a inspirar o ar com a maior rapidez possível. Rapidamente enchemos os pulmões em pleno e recomeçamos a respirar com normalidade. O nosso corpo tem uma força, um potencial enorme e quer que tenhamos acesso a toda a vida.
Ou seja, constantemente o corpo nos dá segundas oportunidades para realmente viver, para um recomeço de uma relação com ele.
E se colaborarmos com ele todos os dias? Agarramos nos nossos fracassos, prestamos atenção, aprendemos e seguimos num novo caminho. Pomos de lado a interjeição “mais tarde, cuidarei de mim, mais tarde”. Começamos agora estabelecendo uma prática no presente, assumindo uma rotina diária e, acima de tudo, a responsabilização por nós próprios, pela nossa saúde, pela nossa casa.
Podemos começar por estabelecer uma boa rotina de sono procurando adormecer antes da meia-noite. Podemos fazer uma caminhada e terminar no tapete explorando a flexibilidade e mobilidade do corpo. Podemos acordar e dedicar 5 minutos a inspirar, manter o ar nos pulmões e expirar libertando todo o ar conscientemente. Podemos não esquecer uma garrafa de água na nossa carteira que fica vazia ao final da manhã e ao final da tarde. Podemos deixar os alimentos embalados e procurar consumir alimentos de verdade.
Mas não é necessário fundirmo-nos com as ofertas no geral, com o padronizado sem lhe acrescentarmos as nossas próprias características. Somos únicos logo faz sentido investirmos em nós e procurarmos essa avaliação individual e personalizada. Tal permite um saber mais sobre o nosso próprio corpo, sobre o que é melhor para ele e assim sim, o caminho para a melhor versão de nós mesmos apresentar-se-á aos nossos pés.
Respeitando as horas de sono, a hidratação, o alimento ideal, o tempo de respiração consciente e de prática física de mobilidade e flexibilidade adequados para cada um estamos a restabelecer, recomeçar, reiniciar uma nova e boa relação com o nosso corpo.
Nada melhor do que inícios de ano para estabelecer esse propósito.
O corpo é a vossa casa.
Quão confortáveis estão na vossa casa?
Assine e divulgue Gazeta de Paços de Ferreira
Assinatura anual 20,00
Com acesso gratuito à edição electrónica
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025