12/05/2021, 23:25 h
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Nos nossos dias, assistimos a uma crescente apatia no que toca à intervenção social e política por parte dos cidadãos, compreensível pela desconfiança e descrédito dos eleitores para com os eleitos, os tão apelidados de “políticos”, que nem sempre honram a confiança que os cidadãos neles depositam. Este ambiente caracterizado pela ausência de credibilidade das instituições e de quem as representa condiciona a atratividade da intervenção dos mais novos na política e na sociedade.
Por todo o mundo despontam movimentos sociais que resultam da ineficácia dos órgãos de decisão em combater veementemente injustiças e desigualdades sociais. Foi assim nos Estados Unidos, com os movimentos Me Too, Black Lives Matter, e, mais recentemente, o global movimento pelo combate às alterações climáticas, que culminou na célebre greve climática estudantil. Prova de que os jovens estão preocupados com o seu futuro e a forma como as decisões tomadas hoje o podem condicionar.
Se assim é em todo o lado, também em Paços de Ferreira a intervenção política juvenil é indispensável para o desenvolvimento sustentável do nosso concelho. Mais do que um direito conquistado, é um dever cívico de cada um de nós, que se estende a todas as gerações, como cidadãos de um país democrático.
O alargamento das políticas de juventude é uma realidade: se há uns anos apenas se referiam a determinadas áreas da governação, de onde se destacava a educação, hoje estendem-se a todas, da saúde ao ambiente e do emprego à habitação. É crescente o número de municípios motivados na implementação de medidas que procuram atrair cidadãos mais jovens, mais qualificados e preparados para aí residirem e trabalharem. Contudo, não é assim em Paços de Ferreira, onde existe uma lacuna enorme de políticas, mecanismos e infraestruturas capazes de incentivar a participação política e cívica dos mais jovens e de contribuírem para que cada jovem consiga alcançar os objetivos a que se propõe.
Tal como para muitos da minha geração, a ação política sempre me despertou interesse. Desde cedo que senti vontade de lutar por aquilo em que acredito e em contribuir para uma sociedade mais justa e desenvolvida. Na JSD, encontrei um lugar para o debate, para o pensamento, onde todos temos lugar.
A estagnação nunca foi o caminho certo, nem a marca identitária de Paços de Ferreira e dos seus habitantes. A irreverência que marca a juventude precisa de renascer.
Leonor Leão, Membro da JSD Paços de Ferreira
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