12/05/2021, 23:01 h
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Conforme combinado no número anterior irei hoje incidir a minha comunicação fundamentalmente dirigida para os efeitos da preparação (aquecimento) na prática do exercício e atividade física.
Por “aquecimento” entende-se a aplicação de todas as medidas que devem ser realizadas antes de uma determinada carga desportiva e se destinam em preparar para realizar atividades para um determinado período de tempo em que estão em ativação o sistema cárdio – pulmonar, o sistema circulatório e o sistema neuromuscular, utilizando um conjunto de exercícios gerais e específicos com a finalidade dum melhor desempenho.
Conforme consulta de alguns autores do âmbito da fisiologia do exercício, anotamos por exemplo, (Soares.; Schmid.; Chiesa.; Mcardle.; Bosco.; Weineck;.; Manno et al.), que referem que o dito aquecimento é fundamental para elevar a espessura cartilaginosa, reduzindo o impacto sobre as articulações; aumento da velocidade da contração e relaxamento muscular; melhoria da coordenação motora; melhoria de oxigenação muscular pela facilitação da libertação de oxigénio pela hemoglobina ocasionada pelo aumento da temperatura corporal; menor elevação na pressão arterial e frequência cardíaca; maior aptidão para o cumprimento da tarefa com menor incidência do risco de lesões e claro a maior disponibilidade psicológica e mental na aquisição das sensações de estímulo potenciadas pela motivação agradável da tarefa a ser desenvolvida.
A exercitação a desenvolver deve ter em conta o tipo de condições atmosféricas e climatéricas existentes.; isto é, com estado de tempo frio e húmido o tempo de “aquecimento” deverá ser progressivamente mais intenso. Com clima seco e quente, deverá ser mais curto e com pausas mais intervaladas.
Devemos ter presente o facto de ao realizar uma tarefa preliminar à preparação do esforço a realizar, para além da obtenção duma menor variação dos valores da pressão arterial, há uma limitação da ocorrência de choques de adaptação, vendo-se assim facilitado todo um processo de regulação e ajustamento cárdio - circulatório, para um trabalho físico-atlético que a seguir se exige, tornando-o mais rentável. Para além disto, o “aquecimento” pode elevar os valores da ventilação pulmonar em trabalhos moderados, permitindo a manutenção da ventilação máxima nos esforços de longa duração e uma melhoria de eficácia das trocas gasosas.
A execução prática deverá conter exercícios de circundução e rotação do tronco, bacia, pernas e braços, flexibilização geral e terminar com exercícios específicos de alongamentos e trabalho específico de recuperação respiratória.
Obs – tendo em atenção que a Autarquia vai reativar o que em tempos foi levado a efeito “MÊS DE MAIO … MÊS DO CORAÇÃO”, irá estar presente aos Domingos de manhã no Parque da Cidade uma equipa multidisciplinar (nutricionista, médico, enfermeiro, profissional de Desporto) no sentido de prestar de livre vontade e a quem o desejar fazer, um rastreio de avaliação e controlo da prática do Exercício para uma melhor saúde. Também terei também muito gosto em prestar o meu contributo e melhor esclarecer na prática o que na teoria tem sido e continuará a ser objeto de publicação.
José Neto: Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador.
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