Por
Gazeta Paços de Ferreira

29/04/2021, 18:34 h

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EDITORIAL | Antes de Abril, era um pouco assim…

Editorial

Passados que são 47 anos sobre o dia glorioso, que restituiu a liberdade ao povo português, e abriu as portas ao progresso do país, nos domínios económico, social, cultural e político, continua imperioso o esclarecimento contra a desinformação, levada a cabo por todos aqueles, para quem esta data continua a ser um espinho cravado na garganta, e utilizam todos os meios para cimentar privilégios de classe nas novas condições sociais e económicas.

Ater-me ei a umas breves pinceladas sobre o que era a o Portugal antes de Abril, como o vivi.

Não havia liberdade de reunião, de expressão, de associação, de formação de grupos políticos. Assim se cerceava o desenvolvimento social e humano.

Mas havia a repressão contra todos aqueles que não se conformavam e continuavam a lutar pelos seus ideais de progresso e humanidade, e que se expressava em ameaças, discriminações de vária ordem, prisões, torturas e assassinatos. (Relembra-se a, tristemente famosa, polícia política PIDE/DGS)

Não havia educação para todos, mas apenas para os ricos, para os que podiam pagar. Assim grassava o analfabetismo. (Um povo culto é um povo infeliz - justificava-se o “ditador das botas”).

Quantos estabelecimentos de ensino havia em Paços de Ferreira?

A Previdência era muito restrita. Os trabalhadores perdiam o emprego e iam para casa viver… de quê? Chegavam ao limite da idade e das suas possibilidades de trabalhar e iam para casa viver de quê? (Das economias do colchão?)

Mas havia fome, muita fome. Pedintes a percorrer as aldeias, de saco às costas, à procura de umas côdeas de pão, malgas de caldo, escuras moedas… (Jamais se esquecerão estas imagens das filas de pobres das sextas – feiras!)

As pessoas adoeciam. Como tratar das suas maleitas? Naturalmente médicos particulares, a quem se tinha de pagar, quando se tinha dinheiro para o fazer. (Como se recordam médicos tão humanos perante a miséria que se lhe deparava, mas que não recuavam!...)

 E os hospitais? A que distância? Que serviços?

Naturalmente, a esperança de vida era escassa. E as crianças? (Os números aterradores da mortalidade infantil!)

Não havia um serviço Nacional de Saúde geral e gratuito. Quem queria saúde pagava -a.

Após abril, a liberdade foi restituída, os direitos reconhecidos. Instauraram se políticas sociais para satisfação das necessidades do povo.

Há muitas limitações? Pois há.

(Mas vá-se comparando …com o antigamente vida!...)

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