Por
Gazeta Paços de Ferreira

14/11/2020, 16:20 h

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EDITORIAL

Editorial

O número de infetados em Paços de Ferreira é extremamente elevado.

Segundo revelam as autoridades de saúde da região, foram detetados já 5888 casos, desde o início da pandemia em Março, até ao dia 10 novembro, praticamente 10% da população concelhia.

Infelizmente, tal não acontece apenas o nosso concelho e o sinal disse o mesmo é que o governo entendeu decretar medidas restritivas das pessoas, nomeadamente, o recolher obrigatório em 121 concelhos, incluindo Paços de Ferreira e os restantes concelhos desta região.

Esta recolher obrigatório não tem, todavia, estado isento de críticas e muitas delas aceitáveis e dignas de ponderação, pelos efeitos nefastos que provoca em atividades económicas, nomeadamente a restauração.

Mas uma dessas críticas, muito substancial, é a de que o recolher obrigatório se trata de  uma forma ardilosa de esconder as debilidades -  que, já existindo há muito na sociedade portuguesa, por força do seu modelo sócio – económico e político – vieram a ser, cruamente, reveladas pela pandemia.

 E é uma forma ardilosa, por se tratar da imposição de medida restritivas das liberdades, que transferem para os cidadãos a responsabilidade total pelo controlo da pandemia e a interrupção das cadeias de contágio.

A pandemia Covid-19 é um problema grave, mas não será resolvido confinando os direitos dos cidadãos, adiando as medidas para reforço da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, ou fazendo declarações de inspiração autoritária.

O que se está a passar no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, de que nesta edição demos uma pequena amostragem, e que mereceu circunstanciadas críticas e exigências ao Governo por parte de uma formação política (ver pag. 3) deve mobilizar-nos para exigir do governo medidas conducente ao funcionamento desta unidade de saúde com capacidade e eficiência bastantes para prestar os cuidados de saúde às várias centenas de milhares de pessoas, que vivem no seu raio de ação, o  exigem  e a que  têm direito.

O que se passa no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Paços de Ferreira convoca para o repúdio da criminosa ausência do Estado Social na criação e responsabilidade pelo seu funcionamento de instituições para idosos, formação de pessoal e outras formas de acompanhamento.

Álvaro Neto

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