Por
Gazeta Paços de Ferreira

29/01/2021, 23:19 h

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Diafragma, o Pilar da Respiração

Marta Gomes

Em Dezembro trago-vos mais umas notas de literacia do corpo mantendo o foco na respiração e no principal músculo responsável por esta, o diafragma.

É um músculo semelhante a uma banda que divide o nosso corpo em duas partes. Uma parte superior, sensivelmente da região das últimas costelas até à cabeça, e uma parte inferior, sensivelmente das últimas costelas até aos pés. Se quisermos olhar apenas para o tronco, o diafragma divide o tronco em duas cavidades, a cavidade torácica (acima deste) e a cavidade abdominal (abaixo deste).

Pode ser considerado o pilar do nosso corpo por ocupar uma posição central. Sem dúvida, é o pilar da nossa respiração. Uma alteração a nível deste músculo compromete toda a biomecânica respiratória.

Para além disso, o músculo diafragma contém uma série de orifícios dando passagem ao esófago, vasos sanguíneos e nervos. Desta forma, o diafragma tem relação com o sistema circulatório e linfático. Ou seja, a biomecânica respiratória influencia o sistema circulatório e linfático.

Sintomatologias como pés frios, pernas cansadas, má circulação, distensão abdominal e a conhecida “retenção de líquidos” merecem avaliação da biomecânica respiratória e, tantas vezes, intervenção a este nível. Afinal de contas, lembrando o primeiro artigo desta coluna no jornal, como continuamos a responder à questão: “Será que respiramos bem?”.

O diafragma não é um músculo com o qual nos preocupamos em treinar no ginásio. Não é um músculo com o qual nos preocupamos em hipertrofiar. Infelizmente, é um músculo que não damos a atenção que tanto merece.

É um músculo ligado às funções de sobrevivência. Ou seja, respiração e circulação. Para além disso, ainda influencia o sistema digestivo pela sua ligação com fígado, estômago e baço dado a sua localização. Basta vermos que quando comemos em demasia a respiração torna-se mais curta e mais dificuldade temos em realizar uma inspiração profunda.

Precisamos da função óptima deste músculo para um melhor desempenho em qualquer prática de actividade física, seja ela caminhar, subir um lanço de escadas ou até mais desafiantes como correr, entre outras. O foco na respiração consciente permite e avaliação e a normalização de tensões e alterações neste músculo. A intensidade da atividade e/ou exercício físico contribuirá, também, para aumentar a capacidade funcional deste músculo.

Quando lhe damos atenção? Quando estabelecemos uma relação com o nosso corpo? Estará o nosso diafragma preparado para a intensidade da atividade física que estamos a escolher?

Deixo em aberto para incitar a reflexão. Boa escolha dos vossos alvos para 2021. E Bom Natal.

Marta Gomes

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