É deveras frustrante, vergonhoso e revoltante a percepção e até a constatação que, há anos a fio, o nosso país tem sido assolado com indícios de níveis elevados de corrupção, transmitindo uma imagem externa de reduzida confiança. Essa imagem tem, na prática, um custo elevadíssimo na vida dos cidadãos Portugueses.
De acordo com o observatório internacional - «Transparency International», em 2019 o nosso país ocupou, no que respeita à corrupção, o 30º lugar, encontrando-se abaixo da média da Europa ocidental e da média da União Europeia. As diversas notícias sobre a temática, espelham a transversalidade da corrupção, nos mais variadíssimos sectores, envolvendo “cadeias” de acção que sem dó nem piedade afundam um país!!
E, como já vem sendo “lugar comum”, é sempre o cidadão cumpridor o sentenciado a sustentar um país com o esforço do seu trabalho, dos seus impostos, directos e indirectos, retirando-lhe margem para que possa melhorar a sua qualidade de vida e a da sua família.
De uma ou de outra forma todos nós, em circulo de amigos, em transportes públicos, cafés, agremiações diversas e nos mais variados locais, já abordamos e nos manifestamos sobre o tema e, de alguma forma, sentimo-nos – ou alguém nos quer fazer sentir – impotentes e incompetentes para alterar o estado das coisas. É por isso que urge a criação de um pacto, entre os políticos – que também os há sérios e responsáveis – por forma a gerar uma intervenção continuada e capaz de agir severamente e em tempo útil sobre a corrupção, seja a que nível for!! Não basta, pois, ter apenas a intenção, outrossim intervir passando à prática!!
Os partidos assumem sempre a preocupação de transcrever no seu programa eleitoral o combate efectivo à corrupção. Contudo, não se podem, posteriormente, deixar distrair com futebóis ou notícias de outra índole que, “convenientemente” lhes desviem a atenção e o enfoque que o tema merece e exige.
É que à generalidade do nosso povo não agrada a imagem, a ineficácia e a inoperância que existe, por parte das autoridades, sobre a corrupção. E, apesar de sermos um país de gente orgulhosa, não é esta, certamente, uma prática de que nos orgulhemos por estar na linha da frente.
Assim não!!
Paula Gonçalves
Paula Gonçalves
Ler mais na edição impressa
Assine e divulgue Gazeta de Paços de Ferreira
Traz-lhe vantagens, além de ficar a saber mais
Assine Gazeta de Paços de Ferreira
Desde 1952 ao serviço da informação e da cultura
Pela defesa dos interesses do concelho de Paços de Ferreira e da sua população.
Com a oferta do acesso à edição electrónica, em reestruturação.
Envie nome e morada para Gazeta de Paços de Ferreira, Rua Zé da Redação, 19 (Sobrão) 4595- 279 Meixomil ou pelo e-mail [email protected].
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025