01/12/2020, 0:32 h
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A história da vitória do Benfica em Paredes, para a Taça de Portugal, resume-se em poucas palavras: Samaris marcou e o Benfica apurou-se para a próxima eliminatória.
O jogo jogado foi pobre, o USC Paredes pouco incomodou e a exibição do Benfica viu-se afetada pela rotatividade promovida pelo treinador.
E é neste último ponto que Jorge Jesus leva muito mais do que uma vitória por 1-0 frente a uma equipa do terceiro escalão.
Jorge Jesus está fortemente ligado ao pouco proveito que o Benfica tirou da formação nos anos que marcaram a sua primeira passagem pelo clube.
O seu regresso, nesta época, acaba por marcar, também, uma rotura do projeto da formação, tão apregoado por Vieira aquando das lideranças de Rui Vitória e Bruno Lage.
No referido jogo para a Taça, Jorge Jesus deu a titularidade a João Ferreira, Ferro e Gonçalo Ramos e fez ainda entrar Tiago Araújo e Daniel dos Anjos.
Nenhum deles impressionou.
O treinador acabou por afirmar que “esperava mais” de Gonçalo Ramos; que piorou a equipa quando fez entrar Tiago Araújo e Daniel dos Anjos e rematou: “Qualquer treinador adora lançar jovens, mas se não tiverem qualidade… esquece”.
E é assim, que desta forma, arruma com a questão da pouca aposta na cantera.
Um tiro certeiro no crítico universo benfiquista.
A mensagem que Jorge Jesus quer passar é que, com ele, joga quem o faz ganhar jogos. Interessa a qualidade e não a idade. É essa a pressão que o treinador coloca no seu trabalho. Jogam os melhores e quem lhe permite ter sucesso imediato.
Desengane-se quem pensa que este foi um teste aos miúdos para ingressarem no plantel principal. Não foi. Eles têm qualidade e Jorge Jesus sabe disso. Só não são opção porque as alternativas da equipa principal são superiores. E Jorge Jesus sabe disso também. Tal como nós sabemos…
Pedro Queirós
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