Por
Gazeta Paços de Ferreira

08/01/2021, 1:43 h

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A SEGURANÇA DAS NOSSAS CRIANÇAS EM PRIMEIRO LUGAR

Opinião

Recentemente foram tornados públicos os moldes de aquisição, por parte do executivo de maioria PS na Câmara Municipal de Paços de Ferreira, de 15 autocarros para serviços interurbanos.

Tivemos entretanto conhecimento que os critérios tidos para efetivar o negócio basearam-se exclusivamente no preço global de compra, não existindo qualquer preocupação com a qualidade das viaturas, neste concurso público internacional.

Uns dias antes, no decorrer da última Assembleia Municipal, o atual Presidente de Câmara anunciou que a Câmara Municipal tinha adquirido autocarros para efetuar o transporte escolar das crianças do ensino básico.

Após a divulgação do concurso público internacional, foi verificado que o excessivo uso das viaturas (podem ter até 900.000 km, cada uma), pode efetivamente colocar dúvidas sobre o estado de conservação das mesmas e, levantam preocupações sobre o modo como estas garantirão todos os critérios de segurança para o transporte das nossas crianças.

Não quero acreditar que, em momento algum, o aspeto da segurança tenha sido ignorado. Por outro lado, espero que este negócio não permita que o nosso concelho se transforme num depósito de viaturas velhas, oriundas de um concelho vizinho!

Estou certo que nesta aquisição, embora possam ter sido esquecidos, deviam existir parâmetros prioritários para o bem comum: a segurança das nossas Crianças e o Ambiente.

A probabilidade da elevada emissão de gases nocivos para a atmosfera é uma realidade que não foi tida em conta, curiosamente um ano depois do apregoado Ano Municipal do Ambiente.

Por essa altura, o executivo socialista deveria ter aproveitado para definir objetivos e implementar medidas ambientais ativas que, possibilitassem que o nosso concelho fosse capaz de receber a Bandeira Verde ambiental, o que é uma realidade em concelhos vizinhos.

Assim, enquanto cidadãos somos obrigados a concluir que aquisição dos autocarros, vai de encontro com a falta de preocupação ambiental que vai norteando a acção do executivo municipal.

Mas, a mobilidade é mais uma preocupação que foi esquecida! Desde logo, porque a medida anunciada de transporte para os alunos que residam a mais de 3 km dos estabelecimentos de ensino é praticamente inócua.

Esperemos que reconsiderem e recuem na chancela dos 3 km mínimos, como o PSD vem defendendo. Só assim, as nossas crianças estarão em igualdade e serviremos todos com transporte escolar.

Mas em questões de mobilidade, este executivo municipal parece ser fiel à irresponsabilidade do governo PS de António Costa, que desde 2015 vem adiando as premissas das normas comunitárias sobre as redes de transportes públicos.

A responsabilidade do estudo rodoviário foi delegada para as CIM, mas tudo permanecerá igual, pois o concurso lançado é pouco ambicioso e não tem em conta as alterações demográficas, e as novas dinâmicas sociais e empresariais do nosso concelho.

Exige-se um plano de mobilidade coletivo que envolva todas as freguesias, de modo a que todos os munícipes fiquem abrangidos com transportes públicos de acesso às suas necessidades individuais.

Neste contexto da mobilidade, o desmantelamento de quase todas as praças de táxis do concelho, é um pequeno exemplo dado por este Executivo Municipal que não faz da mobilidade uma prioridade.

Assim concluímos que toda e qualquer aquisição ou oferta de novos serviços para a comunidade, como os autocarros, deveria ser feita com os critérios de ponderação baseados maioritariamente na qualidade, com o foco na segurança das nossas crianças e nas questões ambientais.

Ao mesmo tempo que deveriam integrar um plano de mobilidade colectivo, baseado em estudos prévios, que fossem do conhecimento e envolvimento da população, respondendo assim às suas necessidades.

É fundamental que este executivo assuma medidas planeadas e projetadas para o funcionamento eficaz do nosso concelho e não usar e abusar de apresentações de projetos avulsos e sem qualquer impacto coletivo.

Aconteceu com as trotinetas, que desapareceram sem deixar rasto, acontece com a sinalização vertical rodoviária, demasiado confusa e desorganizada que já sofreu alterações que foram ficando pela metade e, esperamos também para ver a real finalidade da ciclovia entre as cidades de Paços de Ferreira e Freamunde.

O nosso concelho merece uma Atitude diferente.

Alexandre Costa Presidente do PSD Paços de Ferreira

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