19/06/2021, 1:03 h
70
Todos os clubes defendem que a formação é um dos seus pilares e que deve ser uma aposta firme.
Em Portugal, onde o dinheiro para fortes investimentos no mercado de transferências não abunda, há uma maior obrigatoriedade na aposta nos jovens que saem da formação.
Isto é a teoria.
Na prática, qual é a percentagem do orçamento disponível que é investida na formação?
Que tipo de condições existem para uma formação contínua e evolutiva?
Acima de tudo, de que forma é feita a transição de júnior para sénior?
Quantos jovens chegam a ser aposta na equipa principal no clube da sua formação?
O número de aproveitamento é baixo, mas será por falta de qualidade?
Não, não é.
E os recentes resultados das seleções jovens provam isso.
Desde 2014, a seleção portuguesa chegou a uma final do europeu de sub-17; quatro finais do europeu de sub-19 e duas finais do europeu de sub-21.
Os jovens portugueses têm qualidade, mas poucos são apostas.
Um dos grandes exemplos é a atual seleção de sub21.
É uma geração recheada de qualidade, composta por elementos da equipa do FC Porto que venceu a Youth League, mas se olharmos para o onze (e até mesmo para o banco de suplentes), vemos que grande parte não é titular nos seus clubes.
Alguns até já foram vendidos para clubes estrangeiros sem terem sido testados nos seus clubes formadores.
Em Portugal, a formação não passa de uma bandeira usada para satisfazer os adeptos.
De vez em quando, lança-se um ou outro jovem para tapar olhos e o assunto morre aí.
Estes jovens são os futuros selecionáveis para a seleção principal e podem ser o presente dos clubes portugueses.
Claro que não há espaço para todos, mas o panorama atual mostra que não há espaço para quase nenhum.
É isso que deve mudar.
Portugal é e vai continuar a ser uma rampa de lançamento para os tubarões europeus e estes jovens podem significar valiosos encaixes financeiros.
Agora são vendidos ao desbarato.
Pedro Queirós
ASSINE E DIVULGUE GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA
ASSINATURA ANUAL DA EDIÇÃO ELECTRÓNICA – 10 EUROS
ASSINATURA ANUAL DA EDIÇÃO IMPRESSA (COM ACESSO GRATUITO À EDIÇÃO ELECTÓNICA) 20 EUROS
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025