19/03/2025, 0:00 h
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Opinião Partido Social Democrata Teresa Paula Costa
OPINIÃO
Por Teresa Paula Costa (Membro da Comissão Política Concelhia de Paços de Ferreira do PSD)
A violência doméstica é um problema social que transcende classes económicas, culturas e fronteiras. Trata-se de uma violação dos direitos humanos que afecta milhões de pessoas, sendo as mulheres as principais vítimas. Embora já haja legislação específica para este crime, o combate a esta forma de violência ainda enfrenta inúmeros desafios.
A violência doméstica manifesta-se de diversas formas, como a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. O ciclo de violência, muitas vezes, mantém-se devido ao medo da vítima de denunciar, à dependência financeira e emocional, além da falta de apoio familiar e social. Essa situação ainda se agrava por falta de registo de muitos dos casos, seja por vergonha, insegurança ou falta de confiança na eficácia do sistema de protecção.
Um dos principais desafios no combate à violência doméstica é a desconstrução de padrões culturais que normalizam a agressão dentro do ambiente familiar. Durante séculos, a sociedade reforçou a ideia de que a mulher deveria submeter-se ao homem, legitimando comportamentos abusivos e silenciando vítimas.
Além disso, a reabilitação dos agressores deve ser considerada uma estratégia essencial no combate ao problema. Embora a punição seja necessária, é fundamental investir em programas educativos que promovam a mudança de comportamento e incentivem relações baseadas no respeito e na igualdade.
A sociedade tem um papel crucial na prevenção e combate à violência doméstica. Redes de apoio e políticas públicas eficazes são fundamentais para oferecer às vítimas a segurança necessária para romper o ciclo da violência.
Denunciar é um acto de coragem e empatia. Muitas vidas podem ser salvas quando a sociedade se posiciona de forma activa contra a violência doméstica. É imprescindível que todos reconheçam que este não é um problema privado, mas uma questão colectiva que exige atenção e acompanhamento. Somente com esforços conjuntos será possível garantir um futuro mais seguro e justo para todas as vítimas deste tio de violência.
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