15/06/2025, 21:36 h
200
DIVISÃO HONRA DITRITAL
FREAMUNDE VENCE TÍTULO, MAS VÁRZEA FOI UM GRANDE VENCIDO
Campeonato da Divisão de Honra Distrital da AFP – Fase de Apuramento de Campeão
6ªJornada
SC Freamunde, 4 - ADC Várzea do Douro, 3
Jogo no Complexo Desportivo do SC Freamunde
Árbitro: João Afonso Auxiliares: Roberto Santos e Francisco Silva
SC Freamunde: Filipe Barros (Moura, 90+5), Paulinho, Tiago Bentes, Rui Jorge, Xicão, Brandão, Paulo Ferreira (Guilherme, 62’), Edu, Bruno (Rui Camelo, 90+5), Cardoso (Nelinho, 69’) e Rafa (Abílio, 45’).
Treinador: Mauro Silva
ADC Várzea do Douro: Luís Ferreira, Murilo, Faísca (José Vieira, 56’), Pinheiro (Lisboa, 86’), Tiago Pessoa, Di Maria, Nuno Ferreira (Penetro, 84’), Dinis (Bruninho, 56’), César Antunes (Pato, 56’), Fábio Jorge e Jonas.
Treinador: André Reis
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Bruno Pinto (39’, g.p.), Edu (49’), Abílio (54’), Paulo Ferreira (60’); Tiago Pessoa (45’), Fábio Jorge (77’ e 84’, g.p.)
Chegados à última jornada da fase de apuramento de campeão, apenas duas equipas poderiam conquistar o troféu de campeão distrital da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto: o SC Freamunde e o ADC Várzea do Douro. Quis o destino que tudo se decidisse na tarde de 15 de junho em Freamunde.
Do lado do Freamunde, o factor casa e a possibilidade de poder empatar para se tornarem campeões, trazia à equipa e aos adeptos uma confiança extra.
Contudo Mauro Silva era conhecedor de algumas contrariedades no seu plantel, como a ausência de Manu, e conhecia o potencial da equipa que vinha do concelho do Marco de Canaveses.
Já do lado douriense, André Reis, o treinador que possivelmente orientará o Vila Caiz, da Liga Hyundai da AFP na próxima época, sabia que apenas a vitória interessava para se tornar campeão, algo que inicialmente estaria fora das suas ambições, porque iniciou o ano afirmando que pretendia garantir a manutenção, deixando o favoritismo para o Rio de Moinhos, Baião e Livração. E foi assim, sem nunca se afirmando como favorito, que chegou a este jogo com a possibilidade de ser campeão!
A partida iniciou com grande equilíbrio, com as duas equipas a brigarem pelo domínio do jogo. O primeiro lance de perigo surgiu para Rui Jorge, que correspondeu bem a um pontapé de canto, ficando perto do golo. Pouco depois, foi Paulo Ferreira que rematou bem, falhando por pouco.
O Várzea respondeu pelo seu melhor marcador, Jonas, que cabeceou com perigo. Perto da meia hora, a principal figura do Várzea, o incansável Fábio Jorge, rematou forte e viu a bola embater na trave.
Na resposta seguinte, Cardoso foi lançado na área e caiu após toque de Di Maria nas suas costas, o juiz João Afonso assinalou grande penalidade. Bruno não tremeu e inaugurou o marcador, para descanso dos capões.
No último momento da primeira parte, César marcou um livre do lado esquerdo e Tiago bateu Filipe Barros, que não mediu correctamente o tempo de saída.
O empate ao intervalo era o espelho do que se passara em campo.
A segunda parte iniciou praticamente com o golo do Freamunde: canto na esquerda para Paulo Ferreira, que, ao invés de colocar na pequena área, colocou a bola em Edu, fora da grande área, e este com grande calma, aprimorou a bola e fez o golo da tarde.
Ainda se festejava na bancada e Paulo Ferreira rematou, a bola foi desviada e o recém-entrado Abílio fez o terceiro para o Freamunde.
Pouco depois, o momento mais caricato da partida: livre para o Freamunde, Paulo Ferreira marca e, na barreira, Pato toca a bola com o braço, novo livre uns metros à frente. Nova marcação do livre por Paulo Ferreira e Pato, na barreira, dentro da grande área, volta a tocar a bola com o braço, e assim foi assinalada nova grande penalidade, para Paulo Ferreira converter e colocar o Freamunde a vencer por 4-1.
Festejava-se na bancada, o título estava perto. Mas há que tirar o chapéu à equipa do Várzea do Douro: mesmo com uma diferença de três golos, e a necessitar de quatro para vencer, não virou cara à luta e Fábio Jorge, após passe de Jonas, fez o segundo para a sua equipa.
A faltar dez minutos para os noventa, Filipe Barros cometeu falta na sua zona e, chamado a converter a grande penalidade, Fábio Jorge reduziu para 4-3.
O nervosismo aumentava na bancada dos freamundenses, ao mesmo ritmo que a esperança renascia do outro lado.
Até final, o Freamunde soube conter o ímpeto do visitante e o apito final trouxe, por fim, o suspiro e a festa, muita festa!
O Freamunde foi um justo vencedor deste jogo e do campeonato, mas o Várzea do Douro mostrou muita fibra e, apesar da derrota, é, certamente, um motivo de orgulho para as suas gentes.
O juiz João Afonso, perante um jogo difícil de gerir as emoções dos jogadores, soube controlar e realizar uma grande partida.
De realçar que a equipa do Várzea do Douro saiu de Freamunde aplaudida de forma muito justa e merecida pelos adeptos freamundenses, que reconheceram nela um grande adversário, que muito valorizou a grande vitória do Freamunde.
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