Por
Gazeta Paços de Ferreira

08/06/2021, 23:06 h

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Quando ser pobre é Estatuto”

Partido Socialista


Muito se fala de solidariedade.

Hoje realço quem está disposto a ajudar, acompanhar ou defender outra pessoa, identificando as misérias alheias, ter conhecimento do sofrimento daqueles que são pobres.

Manifestação desse sentimento com o propósito de ajudar: ajuda, amparo, apoio.

Torna-se obrigatório falar nas instituições que têm esse objetivo, e pergunto-me:

 Será que estão a desempenhar o seu papel devidamente?

 Não. Na realidade criam-se “clientes” de apoios. Fazem com que essas pessoas se contentem com o pouco que lhes é dado retirando-lhes qualquer tipo de ambição, assumem o estatuto de pobre, mas porque lhes é rentável e têm mais vantagens em sê-lo do que se trabalhassem para garantir o seu sustento, porque é bem mais vantajoso.

No entanto verificamos que surge um novo tipo de Pobre.

Pessoas cuja ambição é Ser e poder ter uma vida confortável, lutaram para ter a sua casa, o seu carro, o seu conforto, mas que para isso tiveram que recorrer a empréstimos bancários, e que esperavam orgulhosamente pagar atempadamente aquilo a que se propuseram, fruto do seu trabalho árduo. Mas a vida prega-lhe uma partida e de um dia para o outro perdem o seu emprego e consequentemente liquidez para fazer face às responsabilidades assumidas.

Será que as instituições os consideram temporariamente pobres? Não esses não tem esse estatuto. Esses não contam para os números de que tanto se gabam as instituições de solidariedade. Só porque têm uma casa ou um carro remediável.

Mas afinal a que chamam solidariedade. A dar cabazes alimentares aos “clientes habituais”, pagar as contas dos mesmos? Não é estar atentos aos novos carenciados ajudar a pobreza envergonhada pontualmente? Não deveria ser capacitar os “clientes habituais” a tornarem-se autónomos e não dependerem de subsídios, cabazes, e habitações sociais?

Ao senso comum faz pensar que ser pobre é ter esse estatuto para que as Instituições possam gabar-se disso mesmo.

Solidariedade é ajudar sem esperar aplausos. Não é de todo slogan de campanha eleitoral.

Celina Pereira, Membro da Comissão Politica Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Socialista

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