20/02/2022, 0:00 h
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Breves notas sobre o conteúdo e a finalidade do escrito.
Assiste-se presentemente a uma movimentação intensa, diria mesmo sem precedentes, das populações para evitar a exterminação humana e o perigo de um descalabro do Planeta Terra.
Subjacente a esta materialidade, estão os sentimentos de insegurança, a instabilidade de vivência, o sofrimento das nefastas condições materiais do quotidiano, a inexistência de confiança num melhor futuro e particularmente uma crescente tendência para a desumanização.
– “Homo homini lupus” parece ser o lema. A isto, contrapõem-se as promessas mirabolantes por um mundo melhor, mas que nunca conheceram realização prática e as boas intenções de estilo, que, de antemão se sabem, a nada conduzem.
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São conhecidos congressos, cimeiras, acordos, pactos, conferências e outras movimentações do género visando tornar o Planeta Terra mais habitável. Sabe-se também que, há mais de uma década, pouco de positivo se tem alcançado para este objetivo. Mas promessas não faltam, como também não faltam os protestos a comprovar a vaguidade daquelas realizações e a sua quase nula valia. E porquê?
É que na sua grande maioria, cada participante nestas realizações, está limitado pelas orientações que leva do respetivo governo. Assim, mais não faz senão representar a carga político-económica ao nível nacional – é o mesmo que dizer que, tudo se esgota na defesa da produtividade industrial num contexto de acesa competitividade económica. Resumindo, a política de “fumos densos de altos fornos das fábricas” sobrepõe-se quando confrontada com a defesa do clima.
O presente trabalho não irá mencionar nomes de personalidades a assacar responsabilidades, gesto que, está comprovado, a nada conduz. Estas não passam afinal de meros servidores de ideários criados visando alcançar metas que satisfazem objetivos a satisfazer conjunturalmente. Por isso, se a responsabilidade é de todos, ela envolve particularmente os que detém o Poder. De igual jeito, parte-se do princípio que, os fenómenos que dilaceram e põem em causa a estabilidade da vida nos diversos países, sendo sentidos correspondentemente, são por demais conhecidos do cidadão do mundo – tanto por aquele que sofre, como por aquele que assiste aos mesmos impotente para os obviar. O cidadão do mundo, sabe, a proveniência do mal e a quem o atribuir. Qualquer menção a ser feita a este propósito, sê-lo-á apenas a título meramente argumentativo.
O objetivo deste trabalho não é, pois, acusar, mas procurar resolver o nefasto, tornando a vida mais apetecível de se viver, onde quer que se viva.
A questão-base que se coloca reside na iminência da destruição de pressupostos em que assenta a sobrevivência humana e a utilidade, senão mesmo a existência do planeta Terra tal como a desejamos. A prática paulatina e gradual de atos de destruição, não obstante os
pedidos e recomendações para a sua contenção, prossegue progressivamente e impiedosamente, a olhos vistos. Os seus efeitos devastadores vão sendo sentidos ao longo do quotidiano da vida humana, acenando a destruição final daqui a umas décadas, se não se travar aqui e agora esta sanha destruidora.
(Continua)
Lisboa – 30/01/2022
António Bernardo Colaço
(Juiz – Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça - Jubilado – Portugal)
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