07/08/2021, 21:36 h
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“Disseram-me que era muito pequena, não tinha perfil de triplo salto…” e hoje tornou-se vice-campeã olímpica em Tóquio.
Estou a escrever na data em que Patrícia Mamona vence a medalha de prata, no triplo salto. É dela a frase acima transcrita.
Em todas as edições dos Jogos Olímpicos, Portugal marca presença, com mais ou menos atletas e sempre vai arrecadando medalhas. Todos os portugueses se sentem orgulhosos dos resultados obtidos pelos nossos representantes.
De todas as vezes ouvimos críticas sobre a falta de apoios para estes atletas olímpicos. Por comparação com os países multimedalhados, há na verdade uma grande falta de incentivos, desde o estímulo à prática do desporto, até ao apoio financeiro.
Os nossos atletas lutam anos seguidos para obterem os mínimos que permitam uma presença nos Jogos Olímpicos. Aí chegados, sabem quais as condições que os esperam. Vão competir com atletas mais fortes, muitas vezes são vítimas de acidentes ou doenças inesperadas. O resultado final depende em grande parte da força de vontade, da autoestima, da atitude vencedora.
Hoje, Patrícia Mamona bateu o recorde nacional do triplo salto três vezes e com quinze metros e um centímetro, conquistou a medalha de prata, na modalidade
Ouvi as suas declarações antes da sua participação e sempre senti o seu espírito lutador, a sua atitude vencedora. Nas entrevistas após o salto, voltei a sentir esse espírito.
Já no dia 29 de Julho, tivemos o exemplo da medalha de bronze de Jorge Fonseca, no judo. Houve quem não acreditasse nele, como referiu na entrevista. Também ele revelou uma forte vontade de vencer e mantém esse foco já para as próximas provas.
Os atletas desta craveira são um orgulho e um exemplo para o nosso país. Não se fixam nos comentários dos “Velhos do Restelo” – és pequena, não tens ajudas – mas acreditam no seu valor e atingem óptimos resultados
Teresa Paula Costa, Membro da Comissão Politica Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Social Democrata
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