12/05/2022, 0:00 h
191
Nota de abertura: tendo em conta o limite de espaço e dado que estamos a comemorar o mês de maio – mês do coração, irei dedicar em cada uma das edições da “nossa Gazeta” no decorrer deste mês, a abordagem ao tema tão significativo para a qualidade da vida.
Com o anunciar dos novos tempos, fomos passando duma sociedade vigorosa a uma sociedade mais ajustada a uma vida de sedentarismo (causador no mundo de 1 milhão e 900 mil mortes por ano), quer pelo facto duma especialização das tarefas laborais e valorizadas pelo acrescento tecnológico, quer pelo fenómeno da mobilidade, a concentração urbana, etc, conduzindo à apetência para a imobilidade e para a lei do menor esforço.
Até mesmo as nossas crianças, que nos dias de hoje, segundo um estudo nacional recentemente realizado, em que 70% brincam menos de 1 hora por dia, nos referem que se entretêm a ver 25 horas de T.V. por semana, associando os jogos de vídeo e computador e logo a tendência de muito cedo se abrirem as portas para a subida das taxas de gordura e obesidade, com efeitos dramáticos de graves doenças no futuro, muito em especial a diabetes e as doenças do coração.
A promoção da saúde baseia-se no princípio em que os comportamentos e as circunstâncias de vida necessitam de medidas justas e adequadas para a prevenção das doenças do coração e restante aparelho circulatório.
Estudos reportados da clínica Mayo dos E.U.A. (famosa pela capacidade de investigação científica e tratamento), revelam que as pessoas que mais praticam o exercício e atividade física de forma adequada, vivem em média 3 a 6 anos mais do que aqueles que não o fazem e têm menos 25% de possibilidades de sofrer um ataque cardíaco fatal.
Todos sabemos que os efeitos favoráveis do exercício, devidamente orientado (volto a referir), conduz a uma redução da taxa de gordura, baixa os níveis do colesterol, especialmente o L.D.L. (o mau colesterol) e faz um decréscimo dos valores da frequência cardíaca.
Um coração médio bate 70 a 75 vezes por minuto. Um coração treinado pode bater 45 a 50 vezes por minuto, bombeando a mesma quantidade de sangue, proporcionando claro está, uma base acentuada de poupança de energia, promovendo maior eficácia na contração muscular e ejetando mais sangue em cada compressão.
É evidente que se realizar apenas uma metodologia de treino pelo exercício físico e não tiver cuidado com a dietética alimentar, não perder peso, não evitar de fumar, não tratar devidamente da pressão elevada, o exercício só por si pouco ajudará. Mas, quando associado aos fatores de risco, poderá ver a sua vida a salvo.
A prática do exercício físico, feita de forma equilibrada, conduz a belos hábitos, concorrendo para um estado prolongado de vida saudável.
Exercitando-se, o coração agradece e a vida enriquece! (continua)
José Neto: Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador.
ASSINE GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA
ASSINATURA ANUAL
IMPRESSA/PAPEL – 20,00 + OFERTA EDIÇÃO DIGITAL
EDIÇÃO DIGITAL – 10,00
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025