12/10/2023, 0:00 h
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EDITORIAL
Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)
EDITORIAL
Ao fim de seis anos de “tortura”, na simbólica expressão do vereador das Finanças Joaquim Sousa, o Município de Paços de Ferreira libertou-se do controle do Plano de Ajustamento Municipal – PAM.
A submissão a este controle do exercício financeiro do Município deveu-se ao facto de terem sido excedidos, nos últimos anos da gestão do Partido Social Democrata, os índices legais de endividamento.
Muito se tem dito e escrito sobre este endividamento, mas quase sempre de forma superficial, e num contexto de guerrilha política.
Agora, que se entra no novo ciclo autárquico, impõe-se uma abordagem muito diferente desta questão.
Pela maioria socialista do Executivo Municipal, a sua eventual utilização, como até ao presente, não poderá deixar de ser entendida como uma “barreira de fogo” para esconder debilidades argumentativas na defesa de propostas ou soluções.
Por seu turno, a oposição social democrata não tirará qualquer proveito da vitimização, devendo discutir objetivamente os contextos financeiros, nomeadamente, transferências do Estado (FEF) com investimentos concretizados, e, nos momentos próprios, apresentar alternativas.
Mas passado este parêntesis, este é o momento para registar a saída do FAM, a que, aliás, damos o merecido destaque nesta edição.
Apraz-nos registar as palavras do Director Executivo do FAM, Miguel de Almeida, quando reconhece que, neste processo, aprendeu muito com o Município de Paços de Ferreira, e, em especial, com o seu Presidente Humberto Brito, quando este se “esgadanhava” todo na procura de soluções alternativas aos impostos e taxas nos seus máximos, já que “não há impossíveis”.
Não se poderá deixar de fazer justiça ao papel de Humberto Brito que, no interesse da população deste concelho, chegou a arriscar o mandato e a estabilidade autárquica, ao não obedecer ao imperativo legal de colocar no máximo a taxa do IMI.
Por último, registámos a acção serena de “formiguinha” de Joaquim Sousa, bem ilustrada nas suas palavras proferidas na sessão e o desejo (aviso premonitório?) por si expresso na parte final do seu discurso:
“Espero – daqui a uns tempos vou gozar a minha reforma – que a CMPF não caia outra vez nesta situação”.
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