19/04/2025, 0:00 h
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OPINIÃO
Por Ricardo Jorge Neto
Chegado lá, e após se identificar e informar que estava ali para uma entrevista, ficou na sala de espera a aguardar que o chamassem. De repente, na recepção entrou um produtor um pouco aflito a perguntar por Guy! A recepcionista apontou na direcção de Goma. O produtor ficou com algumas dúvidas, mas a recepcionista confirmou que de facto era ele. Então o produtor foi junto de Guy Goma e pediu-lhe para o seguir, porque a entrevista iria começar muito em breve.
Entraram num estúdio de televisão, e Goma sentou-se ao lado da jornalista Karen Bowerman do canal BBC News 24. Guy Goma achou tudo muito estranho, mas pensou que o momento inusitado fosse apenas para o testar.
Karen, apesar de achar que o seu entrevistado estava visivelmente nervoso, iniciou a entrevista em direto, questionando Guy Goma sobre a disputa legal entre a Apple Corps, criada pelos Beatles, e a Apple Computers… Goma que não falava fluentemente inglês foi respondendo de forma muito genérica e simpática.
Felizmente para ele, não teve pela frente um José Rodrigues dos Santos, e ao invés de receber a mesma pergunta várias vezes durante 10 minutos, Goma precisou de responder a apenas três perguntas diferentes e rápidas. No final da entrevista, o erro foi descoberto. No lugar de Guy Goma, deveria ter estado Guy Kewney, um expert em tecnologia…
Numa altura, em que o país navega à bolina, rumo a várias eleições, é de extrema importância conhecermos bem quem vamos sentar, não no lugar de comentador televisivo, mas nas cadeiras que decidem o futuro de todos.
Mas antes de sermos chamados a decidir, cabe aos partidos e aos demais movimentos cívicos escolher quem irão colocar nas suas listas candidatas. Esta escolha tem grande relevância para os partidos, mas é acima de tudo, fundamental para o futuro dos seus líderes!
Boas escolhas podem conduzir a vitórias, e más escolhas ditarão derrotas, e perda de visibilidade e confiança!
Imaginemos um partido que propõe como tema de campanha o fim das touradas, e ter nas sua fileiras um toureiro, ou ser anti pedofilia (como se houvesse algum partido que não o fosse), e depois colocar numa assembleia municipal, um pedófilo…
Obviamente que nestes casos hipotéticos, o ‘’produtor’’ que o foi triar na recepção, assumiria a sua responsabilidade e pediria a demissão!
Felizmente, e ao contrário do caso ocorrido na BBC, nesta dança de cadeiras, antes de sentar efectivamente alguém, o povo terá sempre a última palavra! Por isso, espera-se da sapiência popular, que este escolha os verdadeiros experts, e não políticos sem sentido de responsabilidade, sem capacidade, sem ética e sem valores humanos!
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