17/08/2020, 12:43 h
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As eleições americanas aproximam-se e o espectro da política internacional foca-se nesta corrida à Casa Branca e as atuais sondagens apontam para uma esmagadora derrota do atual Presidente Donald Trump. Feito um balanço dos últimos 4 anos, o populismo engordou consideravelmente no panorama político mundial, agravado por esta pandemia que caracteriza os nossos dias e que remexeu por completo com as nossas rotinas e abordagem à nossa vida.
Ora, como Trump nos habituou a um registo dotado de discursos incoerentes e diria mesmo mirabolantes, não é de nos espantar esta decisão em querer “adiar as eleições”, chegando mesmo a admitir que “não admitiria a derrota”. Cientes do tempo difícil em que vivemos, façamos um pequeno exercício de consciência: Não estará o megalómano presidente Americano a abordar esta questão das eleições como uma questão de negócios? Muito honestamente, faz-nos lembrar quando existem prazos para cumprir num determinado projeto e este mesmo é atrasado para justificar o porquê de haver mais honorários para o realizador da obra.
Trump e os restantes populistas pelo mundo fora, como é o caso de André Ventura e outros tantos no nosso Portugal, fazem da democracia um jogo e recorrem a métodos menos usuais para o ganharem e esta pandemia só veio a mostrar a fibra moral que é necessária para dirigir os destinos de uma nação.
Pelo nosso país, o líder do principal partido da oposição já veio descartar a ideia de um bloco central e o primeiro-ministro já veio reforçar a necessidade de que hajam novos entendimentos para os partidos à esquerda, já que defende que esta última ideia é um mito urbano, como “ir à procura dos gambozinos.”
A resposta à eventual crise provocada pela pandemia não passa pela austeridade, como já se provou pela esforçada conquista de um entendimento na União Europeia, onde as negociações conseguiram apelar ao bom senso e que a União Europeia é uma força que deve ser reconhecida não só como uma alavanca democrática, mas também solidária.
Nos tempos que correm, é importante frisar isto: não é altura de “clubismos” políticos, há que apelar ao diálogo da comunidade internacional nos temas tão fraturantes que agora vemos abordados: racismo, feminismo, direitos dos animais, ambiente e outros temas que outrora eram um “encolher de ombros”, agora, mais do que nunca tem que ser ajustados à realidade legislativa para que a História não seja questionada, mas nunca repetida.
Rafael Gomes Martins
Militante Juventude Socialista de Paços de Ferreira
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