20/05/2021, 5:07 h
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São poucos os alimentos que podem ser comparados às algas. Poderíamos até pensar em colocar-lhes o rótulo de “hortícolas do mar”, mas, a sua grande quantidade de iodo e vitamina B12 (em certas espécies) confere-lhes uma marca distintiva de tudo aquilo a que estamos habituados a encontrar no reino vegetal.
O facto da maioria das algas chegar até nós no seu estado desidratado fazemos com que nos ofereçam uma quantidade generosa de vitaminas, minerais e fibra, mesmo nas pequenas porções em que são consumidas.
A sua tremenda capacidade de retenção de água, aliada à sua grande quantidade de fibras solúveis e proteína, faz com que sejam um alimento de excelência na promoção da saciedade.
A pouca gordura que possuem é predominantemente polinsaturada, tendo uma relação ómega 6 / ómega 3 mais favorável a este último e, por conseguinte, à nossa saúde.
Mas, mais do que olhar separadamente para os seus nutrientes, convém analisar as algas de forma integrada e enquadradas no seu modo de consumo.
Assim, numa refeição de sushi ocorrem sinergias entre vários ingredientes, com a particularidade da alga nori, a mais utilizada no sushi, ser especialmente rica em vitamina C e potenciar a absorção de ferro, de várias fontes não animais presentes nas peças.
Já a ingestão concomitante de algas e soja favorece o metabolismo estrogénico em mulheres pós-menopáusicas e possui um papel positivo na prevenção do cancro da mama.
Pelo seu elevado preço, as algas não serão certamente um novo “legume” na nossa alimentação. Porém, quer pelo seu efeito isolado, quer pela sua conjugação com muitos dos seus parceiros gastronómicos, fica a certeza de que as algas aliam plenamente o seu valor sensorial ao seu efeito benéfico para a saúde.
Mafalda Pacheco Pereira
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