02/12/2024, 0:00 h
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LITERACIA FINANCEIRA
Conforme explicado no artigo anterior, os ETF’s são fundos de investimento negociados em Bolsa, são produtos de gestão passiva que podem seguir e replicar índices de acções, obrigações, commodities, taxas de câmbio, sectores ou geografias. No entanto, mesmo ETF’s de um mesmo tipo (por exemplo, 2 ETF’s do índice de acções S&P 500) podem ser diferentes; os ETF’s diferem uns dos outros em vários aspectos, como o tamanho do fundo, o preço unitário, o risco e o valor subjacente. Além disso, alguns podem pagar dividendos (ETF’s distributivos) e outros não (ETF’s acumulativos): os ETF’s distributivos são para quem quer receber dividendos ao longo do tempo, enquanto que os ETF’s acumulativos são para quem pretende que os mesmos sejam automaticamente reinvestidos e aumentar assim o poder dos juros compostos.
Vamos agora considerar algumas vantagens dos ETF’s.
Investir em ETF’s é uma óptima maneira de aumentar a diversificação da sua carteira/portefólio a um preço acessível. É a lógica muito conhecida no mundo dos investimentos de “não colocar todos os ovos no mesmo cesto”, porque se o cesto cair, todos os ovos desse cesto se partirão. Com os ETF’s, conseguimos investir em acções, obrigações e muitos outros activos ao mesmo tempo, diversificando o nosso investimento. Outra vantagem é que os custos são relativamente baixos, principalmente em comparação com os fundos geridos activamente. Se investir numa correctora em vez de num Banco, os custos de gestão/manutenção são ainda mais baixos. Em correctoras que permitam a compra fraccionada, pode até mesmo comprar partes de um ETF, em vez de o ETF inteiro. Ou seja, se uma unidade de ETF custar €200 mas só tivermos €10 para investir, podemos usar os €10 e comprar 5% desse ETF. Também podemos vender os ETF’s a qualquer momento, desde que a Bolsa esteja aberta. Podem ser negociados com a cotação em tempo real, ao contrário dos fundos de investimento tradicionais.
Este é então um bom produto de investimento, até para quem tem pouco dinheiro para investir mensalmente, porque podemos investir uma determinada quantia por mês (€10, €20 por exemplo) e comprar partes de ETF’s, em vez de comprar unidades inteiras. O baixo investimento necessário também é bom para quem não tem ainda muito conhecimento, mas quer experimentar o mundo dos ETF’s. Se tem medo de perder dinheiro, faça o seguinte: pegue nos €25/€30 que gastaria no seu próximo jantar fora e invista esse dinheiro num ETF; mesmo que corra mal, esse dinheiro já ia ser gasto de qualquer maneira! Se correr bem, talvez daqui a algum tempo, esse dinheiro de um jantar já dê para pagar dois ou três jantares!
No próximo artigo, vamos falar sobre a estratégia DCA, uma estratégia que pode (e deve) ser aplicada aos ETF’s. Vamos ainda falar sobre um produto português muito popular e que, agora no fim do ano, concentra as atenções – os PPR! Até ao próximo artigo!
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