13/09/2025, 11:09 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Filipe Rodrigues Fonseca (Engenheiro Informático e Militante do Livre)
Porém, esta obsessão com a popularidade retira à política a sua verdadeira essência: a responsabilidade de debater como melhorar a vida das pessoas. Nestas eleições, é tempo de falarmos sobre o que realmente importa: reter os jovens que saíram para estudar, garantir habitação digna e acessível para todos, projetar um futuro mais próspero e sustentável para o nosso concelho.
No que toca à habitação, assistimos a um mercado imobiliário que parece não conhecer limites, com preços a escalar incessantemente. É urgente assegurar que os jovens tenham acesso a uma casa digna, a custos justos. Para isso, precisamos de apostar na construção pública, estimular a reabilitação urbana e mobilizar fogos devolutos para arrendamento a preços controlados. Propomos também a criação de uma Unidade Municipal de Apoio à Habitação, capaz de prestar acompanhamento direto e eficaz a todos os munícipes.
Mas a habitação, só por si, não basta para fixar os jovens. É necessário dar vitalidade à economia local, valorizando sobretudo os pequenos e médios empresários, que diariamente enfrentam a concorrência esmagadora das grandes superfícies. Paços de Ferreira é reconhecida como Capital do Móvel, mas para honrar verdadeiramente esse título, precisamos de investir na qualificação, modernização e internacionalização da indústria do mobiliário.
No domínio da cultura, é fundamental fortalecer a ligação às associações que, há décadas, trabalham no terreno para preservar e dinamizar a vida cultural do concelho. Hoje, muitas delas apenas recorrem à Câmara Municipal em situações de emergência, receando “gastar créditos” e ver os seus pedidos futuros rejeitados. A criação de um Centro de Intervenção Artística e Cultural será a ponte necessária entre o município e o tecido associativo, permitindo resolver problemas de forma célere e promover um ambiente mais colaborativo.
A presença de um novo partido nestas eleições representa mais do que rostos diferentes: significa a chegada de novas ideias, novas energias e uma verdadeira vontade de transformação. O LIVRE apresenta uma lista composta por jovens que, após estudarem fora, regressaram e encontraram um concelho parado no tempo. Se as mesmas figuras ocupam os cargos autárquicos há anos, alimentando um ciclo sem fim, o LIVRE propõe-se romper com essa estagnação, trazendo o poder local de volta para mais perto das pessoa.
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