08/12/2023, 0:00 h
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OPINIÃO
Há cada vez mais cidadãos descrentes na democracia. Quase a completar meio século do 25 de abril o regime democrático nunca esteve tão longe do ideal que foi prometido.
A frustração é grande e com ela cresce o abstencionismo e os radicalismos. As pessoas deixam de ver diferenças e acham que todos os políticos são iguais.
Esse crescimento da desilusão no sistema democrático é muito perigoso. Mas, o facto é que tem crescido.
Culpa de quem?
De todos os que são eleitos para exercer o poder. Os corruptos são os únicos culpados?
Não!
Os que se mantém longe da corrupção são igualmente culpados. Porque não acautelam a erradicação da corrupção.
Admitem conviver com corruptos.
Será que se perdeu o respeito pelo secular princípio de que à mulher de César não basta ser séria, também tem que parecer?
Ninguém deve estar agarrado ao poder ao ponto de querer manter o cargo se não estiver acima de qualquer suspeita. Fundada ou não! Não é bom para o próprio. E para o país muito menos.
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Há que ser justo e dizer que muitos políticos têm tido atitude elogiável.
Confrontados com suspeição, gerada por forças policiais ou judiciais, demitem-se.
Estes, amanhã, se saírem do desconforto da desconfiança podem retomar a vida política. Provavelmente com maior sucesso.
A recuperação da confiança na democracia exige este comportamento!
Nisto sim, temos que ser muito exigentes.
Afinal, é o povo quem mais ordena.
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