PSICOLOGIA NA SÉTIMA ARTE – NEM MAIS UMA

CULTURA

Com: Nicolle Wallace, Clara Galle e Aicha Villaverde

Criado por: José Manuel Lorenzo e Miguel Sáez Carral

A série “Nem Mais Uma” [“Raising Voices”] fala da história de Alma, uma adolescente de 17 anos que está à beira de concluir o liceu. A jovem e as duas melhores amigas, Greta e Nata, conhecem-se desde que eram bem pequeninas. Apanágio da juventude, enfrentam os desafios típicos da adolescência: sentimentos de exclusão, ciúmes, problemas com os pais e até relações tóxicas.

A relação de Alma com os pais, inclusive, alerta-nos para a importância dos limites, das regras, não como uma forma de controlo, mas como uma forma de “conduzir”, “orientar” e segurança.

Esta série ajuda-nos a olhar para a comunidade mais jovem, consciencializa-nos para a importância da monitorização e da comunicação, sem ela, todos os riscos podem ter repercussões galopantes.

No entanto, o grande ponto de viragem num perfil das redes sociais (canal predileto de comunicação dos jovens) que desperta toda uma inquietação quando começa a fazer relatos com a seguinte legenda: “ESTA SOU EU ANTES DE SER VIOLADA”!

A grande questão: quem se esconde por detrás daquele perfil? Qual a veracidade dos fatos?

Como nos sentiríamos nós ao ler que alguém perto de nós escondia este segredo?

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Em jeito de curiosidade, deixamos alguns dados do INE (Instituto Nacional de Estatística):

Os resultados do Inquérito sobre Segurança no Espaço Público e Privado revelam que mais de 1,4 milhões de pessoas dos 18 aos 74 anos sofreram violência na infância (18,6%), até aos 15 anos: mais de 1,3 milhões de pessoas (17,6%) com pai e mãe sofreram algum tipo de abuso psicológico ou físico por parte dos seus progenitores, e mais de 176 mil (2,3%) foram vítimas de abusos sexuais na infância, por parte de qualquer pessoa.

Uma em cada cinco pessoas já foi vítima de assédio persistente (stalking) (20,7%), proporção mais elevada nas mulheres (23,8%), na população mais jovem (27,6%) e na mais escolarizada (29,0%).

Garanto-vos que, até ao fim esta questão nos acompanha como o cume da montanha à qual queremos chegar.