24/05/2025, 9:37 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
Derby de Lisboa. Benfica e Sporting jogam na Luz com a possibilidade de ambos serem campeões. A comunicação social endeusou o jogo. “Jogo do Século”, diziam.
O Sporting entrou bem, marcou e era virtual campeão. O Benfica foi atrás do resultado, empatou e ainda podia ter ganho, não fosse o poste ter negado a reviravolta. No final, o empate adiou tudo para a última jornada e, à boa moda portuguesa, saíram ambos a reclamar da fraca arbitragem.
Última jornada. Sporting recebe o Vitória que precisa do jogo para se qualificar para as competições europeias. O Benfica ia a Braga defrontar um adversário, que muito dificilmente saía do quarto lugar. O incrível é que se falou de ser o Sporting a perder pontos do que o Benfica… vá se lá saber como e porquê.
Dia do jogo. O Sporting controlou o jogo e era uma questão de tempo até se colocar em vantagem. Ganhou 2-0 e lançou os foguetes de campeão. O Benfica entrou no relvado com a possibilidade de ser campeão e saiu a agradecer a S. Trubin o facto de não ser goleado. O empate foi um mal menor.
O Sporting é um justo campeão.
Começou a todo o gás com Ruben Amorim e deixava a imagem de poder decidir o título em Fevereiro. A saída do treinador foi a única variável que animou a luta pelo título. O Sporting ainda brincou aos treinadores com João Pereira, mas foi a tempo de contratar Rui Borges.
O agora treinador campeão nacional tem o mérito de unir uma equipa que encontrou em cacos; voltar ao ritmo das vitórias e ter aguentado a onda de lesões.
Quanto ao futebol, a qualidade de jogo caiu bastante e a quebra ou desaparecimento da equipa na segunda parte passou a ser quase uma imagem de marca. Sem Gyokeres, na próxima temporada, Rui Borges vai ter mais uma montanha para escalar para resolver estes pontos.
O Benfica, que também trocou de treinador, tem o plantel com mais soluções e enfrentou um FC Porto irreconhecível e um Sporting que passou por três treinadores e muitas lesões. Com todas as condições para ser campeão, ficou em segundo.
Com eleições em outubro, Rui Costa precisa de dar um murro na mesa e de passar a ter uma equipa ao invés de um plantel com vários bons jogadores. E de um projeto também. Basta ver que o sucesso do Sporting passou muito por manter os melhores para esta temporada e o Benfica viu sair Enzo depois de meia época e João Neves depois de uma temporada. Não há equipa que resista.
O guião para este final prometeu muito, mas o final foi fraco. Contudo, o bom do futebol é que em agosto começa tudo do zero novamente.
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