Os Rankings e o futuro

Nesta altura do ano somos informados dos rankings dos estabelecimentos de ensino, a nível nacional. Privadas e públicas, todas as escolas são avaliadas pelas médias obtidas pelos seus alunos.

Estudantes e corpo docente aplicam-se o ano inteiro, almejando a presença do seu estabelecimento de ensino nos lugares de topo das tabelas. Concorde-se ou não com estas avaliações, a verdade é que todos se sentem honrados com a menção dos seus êxitos.

Parabéns a todos.

As circunstâncias especiais, em que estes dois últimos anos escolares foram leccionados, mais valorizam os resultados obtidos.

A avaliação escolar - médias finais do secundário, principalmente - é de grande importância para o ingresso no ensino superior, com o intuito de habilitar os jovens para o mundo do trabalho.

Ora, neste período, os estudantes estiveram mais isolados e sedentários. Além da falta de actividade física, que muito contribui para a obesidade, todos estiveram privados da interacção social, o que é fundamental para desenvolver comportamentos, que caracterizam uma sociedade desenvolvida e a vida em comunidade como: a partilha, a comunicação, a tolerância, a inclusão.

É o que esperamos das novas gerações, para além da sua formação curricular.

É tempo de definir estratégias para, de forma coordenada, dar apoio às crianças e adolescentes num futuro próximo.

Esta abordagem terá de ser multidisciplinar, desde a actividade física, o desporto colectivo, os convívios, os estímulos afectivos.

O período de férias deve ser bem aproveitado para compensar as perdas do isolamento a que todos estiveram sujeitos e minimizar os efeitos negativos, que possam ter afectado os jovens.

Agora que o calendário escolar se aproxima do final e o desconfinamento responsável começa a ser possível, é fundamental investir naquilo que mais tarde, em entrevistas de emprego, tem um peso muito importante, o bom relacionamento com os outros.

Teresa Paula Costa, Membro da Comissão Política Concelhia do PSD