Onde será que vamos parar?

OPINIÃO

Todos sabemos que o nosso país já teve melhores dias. Somos confrontados diariamente, através dos media, com as complicações no sistema nacional de saúde, com urgências encerradas ou superlotadas, manifestações das forças policiais que reclamam melhores condições de trabalho, greves na CP, aumento dos preços dos combustíveis, aumento do custo dos produtos alimentares, o escalar aumento das rendas de habitação… E poderia continuar a enumerar aquilo que preocupa todos os portugueses.

A par destas notícias, no decorrer deste primeiro mês do ano, têm surgido temas bastante importantes para os jovens e que devem soar como alerta para as nossas forças políticas. Um dos temas que mais me preocupa neste momento é a emigração.

Em 8 anos de governação do partido socialista, Portugal mostra-se como o país da Europa que mais emigra.

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São muitos os dados que nos dizem que cerca de 30% dos jovens nascidos em Portugal estão emigrados, sendo que quase metade dos jovens que emigram têm formação superior. E porque emigram os jovens? Emigram à procura de melhores condições de trabalho e de salários mais atrativos, em suma, de uma melhor qualidade de vida. É um fenómeno complexo que envolve questões sociais, económicas, políticas e culturais, que terá um impacto significativo para o país, como por exemplo, a perda de mão de obra qualificada, na perda de população ativa, assim como na perda de jovens mulheres em idade fértil. O que, consequentemente, se irá refletir na taxa de natalidade insuficiente no nosso país, que provoca o envelhecimento da população.

Dados obtidos pelo INE em 2022 mostram-nos que o envelhecimento demográfico em Portugal continua a acentuar-se. Vemos isso através do índice de envelhecimento que atingiu valores preocupantes, neste momento atingiu o valor de 185,6 idosos por cada 100 jovens.

Estes são dados que devem preocupar cada um de nós, uma vez que a baixa natalidade traz desafios económicos para a população. Uma população envelhecida terá de enfrentar desafios económicos devido à diminuição da força de trabalho ativa, menos pessoas em idade ativa, levará a uma menor produção económica. Menos contribuintes ativos irá resultar numa maior pressão para o sistema de segurança social.

Em suma, a longo prazo, uma baixa taxa de natalidade pode levar a uma diminuição da população total, o que é preocupante para o crescimento económico e sustentável do país.

Tudo isto requer de uma intervenção governamental urgente, não podemos permitir que os nossos jovens continuem a sair do nosso país.

Os jovens são o futuro, mas têm de nos ser dadas as oportunidades no presente.