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Gazeta Paços de Ferreira

11/12/2024, 0:00 h

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O PESO DA BUROCRACIA NOS FUNDOS EUROPEUS

Eduardo Costa Opinião

OPINIÃO

“Talvez por isso cresça o número dos que emigram. Sobretudo os jovens licenciados. Que tanta falta nos fazem.”

Por Eduardo Costa (Jornalista, Presidente da Associação Nacional da Imprensa)

 

O empresário está desesperado. Precisa libertar uma garantia bancária, ainda este ano que está a favor dos fundos europeus. O empresário liquidou uma dívida que tinha a este organismo. Quanto à libertação da garantia, o empresário deixa no portal o pedido, escreve email para os responsáveis. O silêncio é a resposta.

 

 

Tenta o telefone. A resposta sugere que exponha no portal nos fundos. De novo e de novo. Já já vai mais de meio ano.

 

 

Dizia há dias o bem-intencionado ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, que estava atento e a criar mecanismos para que a burocracia não criasse constrangimentos aos investidores. De aplaudir, pois os fundos europeus têm que ser executados com celeridade e disso precisa o país desesperadamente. 

 

 

Acreditamos piamente nas boas intenções do ministro. Também acreditamos que a sua vontade não será suficiente. Para um país que faz da burocracia uma instituição.

 

 

 

 

É que não se resolve com leis. Era preciso que cada chefe de serviço assumisse decisões e resolvesse cada problema, que o sistema burocrático de papéis e mais papéis impede. Prejudicando quem trabalha. Quem produz riqueza.

 

 

Mas, provavelmente, os funcionários públicos optam por nada fazer, perante um problema, que tem de ser resolvido, e está a prejudicar um cidadão ou uma empresa. Assim até podem ser promovidos e chegar ao fim das suas carreiras com um louvor… Por nada decidirem.

 

 

No caso que falamos, a questão é ainda mais preocupante. Pois, nem resposta dão ao desesperado empresário. O silêncio é a resposta da burocracia aos problemas que esta causa.

 

 

A ideia que ficamos, com o conhecimento destes casos, que se devem multiplicar aos milhares, é de um país sem futuro. Talvez por isso cresça o número dos que emigram. Sobretudo os jovens licenciados. Que tanta falta nos fazem.

 

 

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