16/06/2024, 0:00 h
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OPINIÃO POLÍTICA
OPINIÃO POLÍTICA
António Costa nos dois últimos anos dispôs de condições favoráveis a um exercício qualificado do Poder. E não digo óptimas só porque houve a epidemia do COVID e a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Porém para além do discutível “equilíbrio orçamental” e de umas tantas medidas de “panaceia social”, como a política dos transportes, não houve significativo desenvolvimento, reflectido em indicadores económicos, em percepção de bem estar-social ou afirmação de identidade nacional.
Continuamos a ser um país reduzido ao sol, ao vento e à praia, vivendo da monocultura do turismo, sem autonomia estratégica, sem futuro que não passe por pedir licença a Bruxelas, a Berlim ou a Washington. Internamente, somos condicionados por uma elite que controla a economia, as finanças, a política, as universidades, a comunicação social, com os seus serventuários, os seus filhotes, a sua alcateia. E António Costa nunca se demarcou desses interesses, dessa plumagem.
Agravou-se muito sensivelmente o sector da Educação, com resultados medíocres em muitas áreas, com um pessoal docente envelhecido e desmotivado, e ma persistente desvalorização da sua importância. Acentuou-se a tendência para o individualismo, a concorrência feroz e a desigualdade entre emissão de diplomas e competências. A confiança dos principais agentes educativos foi profundamente abalada com a trágica epopeia da recuperação do tempo de serviço perdido pelos professores. António Costa nunca valorizou a Educação como se exigia.
Na saúde, o SNS, o serviço de saúde universal e de qualidade que tínhamos, abriu fendas á luz da inércia e incompetência dos governantes, que optaram pelos interesses e agenda dos privados. Se Arnaud e outros sonharam com a sua criação, António Costa e outros insistiram na sua destruição. O contínuo de medidas, por omissão e por ação, não deixa dúvidas sobre o resultado final. António Costa, quer com Temido ou com Pizarro no leme, nunca delineou uma estratégia coerente para assegurar serviços de qualidade, essenciais, e de proximidade.
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Na política externa, fomos uns cachorrinhos de rabinho a dar, alinhando nas piores iniciativas que surgem no mundo, seja na Ucrânia, seja na Palestina, sem autonomia ou vontade própria, alimentando injustiças e aventuras.
Voltamos ao início. Acumulam-se problemas, com um progresso limitado, mas que só beneficia os bancos, as multinacionais, as imobiliárias, os especuladores, o alto funcionalismo, uma classe política submissa e interesseira. A grande maioria da população, de reformados, idosos, trabalhadores no ativo, jovens licenciados, vive uma existência medíocre e limitada ao dia-a-dia, ao seu pobre rendimento, sem acesso à verdadeira informação, à Cultura, ao Lazer, à Saúde como direito, ou a Educação como oportunidade.
Mas António Costa tem já um sucessor gémeo.
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