O DESPORTO-REI EXPORTADOR DE TALENTOS

A procura de treinadores portugueses por clubes estrangeiros passou a fazer parte da normalidade. José Mourinho será a referência e o princípio. Recentemente, Jorge Jesus criou um novo mito no Flamengo do Rio de Janeiro. Abel Ferreira fez história no Palmeiras brasileiro.

Portugal é o sexto maior exportador de treinadores de futebol do mundo! Da Índia à China, passando pelos países árabes. Serão cerca de três dezenas.

Portugal é também um exportador de jogadores. 60 países têm jogadores portugueses (dados de 2016). Mais de duas centenas. A maioria na Europa, mas estão também em vários países do mundo, da Indonésia à Arábia Saudita. Cristiano Ronaldo dispensa comentários. Foi e é o rei. A fama dos jogadores portugueses cresceu e hoje somos um alfobre que atrai a atenção de clubes do mundo inteiro.

O planeta futebol representa mais do que os 20 milhões de impostos que paga por ano ao estado português. Ou dos cerca de 500 milhões que contribui para o PIB. Ou dos 2 mil empregos diretos (dados de 2016). A contribuição para a economia portuguesa do desporto-rei vai para além dos números. Há muita atividade económica a beneficiar. O turismo do país é um exemplo. Há ainda um número incontável de empresas que vivem à volta do mundo do futebol.

Mas um dos maiores ganhos de Portugal com o desporto-rei tem obrigatoriamente que incluir o prestígio de Portugal à escala global.

O futebol é uma indústria que beneficia economicamente o país. É muito mais do que o espectáculo que entretém milhões.

EDUARDO COSTA, Jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

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