06/03/2023, 16:00 h
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Destaque Eduardo Costa Opinião
OPINÃO
“Não votei ainda. Quando são eleições e para quê?” O jovem de dezanove anos explicou porque não sabia em que eleições se vota. Deu uma opinião que merece ser escutada. “No secundário deviam explicar-nos o que são eleições e para quê”. O jovem afirmou que devia haver essa matéria de estudo em alguma disciplina, que preparasse um jovem para votar. “Chegamos à idade de votar e não sabemos como conhecer os candidatos, os programas, onde devemos buscar informação que seja séria”.
A conversa permitiu concluir que “não me sinto preparado para votar, pois não sei as consequências da minha escolha”. Isto é, o jovem dizia que não queria comprar qualquer ilusão, queria escolher em consciência.
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Notável! A nossa juventude tem consciência que ninguém a prepara para que possam exercer o seu direito cívico de escolher os nossos governantes. Provavelmente, muitos fazem como este jovem: não sabem escolher e para que não escolham errado, preferem não votar. Aliás, nem sequer a escola os ensina a saber a que eleições vão ser chamados a votar e qual o propósito de cada uma.
No decorrer da conversa percebeu-se que muitos jovens se sentem iletrados para as matérias políticas. Sentem que o país deposita neles a responsabilidade de escolher o destino de todos, sem lhes dar conhecimentos mínimos para votarem em consciência.
Devíamos discutir se estamos a preparar os nossos jovens para assumirem conscientemente as responsabilidades de ser cidadão, com direitos e deveres cívicos, como o de votar aos dezoito anos.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
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