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Gazeta Paços de Ferreira

05/06/2025, 10:27 h

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Maioria absoluta municipal talvez mais difícil

Destaque Editorial Álvaro Neto

EDITORIAL

"Em Paços de Ferreira a AD venceu estas eleições legislativas, como habitualmente acontece, mas já o mesmo não tem acontecido com as eleições autárquicas, que, desde 2013, têm pendido para os socialistas."

Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)

 

As eleições legislativas do passado dia 18 maio trouxeram alterações relevantes ao quadro político português, que terão forçosamente consequências para as eleições autárquicas, muito embora estas tenham características muito próprias, não se podendo, assim, avançar de ânimo leve para conclusões, que poderão, no mínimo, virem a ser posteriormente classificadas de precipitadas.
 

Em Paços de Ferreira a AD venceu estas eleições legislativas, como habitualmente acontece, mas já o mesmo não tem acontecido com as eleições autárquicas, que, desde 2013, têm pendido para os socialistas.
 

No entanto, verificou-se, nestas legislativas, uma alteração, a ponderar devidamente. Ocupando habitualmente o segundo lugar, agora em 2025 o Partido Socialista ocupou um distante terceiro lugar em relação à vencedora AD (menos 6248 votantes correspondentes a menos 18,08%), sendo ultrapassado pelo Chega que obteve 24,06% - mais 3,51%, correspondente a mais 1215 votantes.
 

Mas o quadro para as eleições autárquicas ainda se torna mais complexo, pelas alterações que já se antevêem no quadro dos seus concorrentes.

 

 

 

 

Por um lado, é o PSD que não concorre isolado como tinha vindo a acontecer desde 2013, mas coligado com o CDS/PP, que, embora já tenha tido significativa expressão, a sua presença concelhia nos últimos tempos é muito reduzida.
 

Atualmente, ainda se desconhecem as candidaturas do Chega, que nas autárquicas de 2021 apenas averbou 2,22% correspondente a 714 votos. É também motivo de muita curiosidade a intervenção do Movimento Independente Unidos pelo Município de Paços de Ferreira, liderado pelo antigo vereador socialista Paulo Sérgio Barbosa, a candidatura de Joel Machado, também já apresentada pela iniciativa Liberal e as candidaturas de Paulo Pinhal e de Serafim Pereira pela CDU- Coligação Democrática Unitária.

 

Este quadro, com a amplitude muito diferenciada, que possam alcançar as várias formações concorrentes, pode dificultar a obtenção da necessária maioria absoluta, para liderar o Executivo Municipal, a constituir, que não deixará de ser o objectivo a alcançar por qualquer das formações detentoras do poder – PSD até 2013 e PS, a partir de então.

 

 

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