Desporto Pedro Queirós Comentário Desportivo
COMENTÁRIO DESPORTIVO
Primeiro foram os Estados Unidos. Depois a China. A tentativa de crescer com a atração de jogadores de topo do futebol europeu, em final de carreira, não é nova.
É então que a Arábia Saudita se torna, também, num paraíso da pré-reforma. Na verdade, sempre o foi porque dinheiro nunca faltou. O que não existia era a visibilidade e os nomes sonantes que tem hoje.
Cristiano Ronaldo abriu as portas na época passada. Muitos criticaram. Eu também, e continuo a achar que não foi a opção mais correta e a melhor forma de acabar uma carreira, que contou com cinco bolas de ouro.
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Um ano depois, Benzema e Kanté assinaram pelo Al Ittihad. E um sem fim de nomes sonantes estão a ser associados a clubes árabes, entre os quais William Carvalho e Rúben Neves… longe do final da carreira.
É aqui que a Arábia Saudita “promete” trazer uma nova realidade para o futebol. Jogadores em final de carreira era, de certa forma, aceitável. Ver jogadores ainda jovens, com potencial, perderem-se no futebol árabe já custa mais.
Os contratos têm valores astronómicos e a estabilidade financeira é demasiado importante para se recusar uma proposta destas, mas fica sempre um amargo de boca, quando se vê um jovem tomar uma decisão destas. E quem se lembra da ida de Óscar para a China sabe do que estou a falar.
E Rúben Neves pode abrir uma outra porta: por norma, todos estes jogadores chegam a custo zero.
Os meios de comunicação estão a noticiar uma transferência que pode render 55 milhões ao Wolverhampton. O mito de que se pagam grandes ordenados, porque não há custos de transferência pode acabar.
As tendências de mercado estão a mudar. Os árabes podem trazer uma nova realidade, patrocinada pelos petrodólares. O bom futebol não se faz só de grandes jogadores, mas Ronaldo pode não estar totalmente errado, quando diz que o campeonato árabe será dos mais vistos do mundo.
Pedro Queirós
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