14/10/2023, 0:00 h
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Opinião Opinião Politica Partido Social Democrata
Por Alexandre Costa (Presidente da Comissão Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Social Democrata)
OPINIÃO POLÍTICA
Na última Assembleia Municipal de Paços de Ferreira, fomos testemunhas de uma abordagem política que não só prejudica o diálogo democrático, como também contribui para a deterioração da imagem do poder local. O presidente da Câmara optou por um discurso inflamado, acusando o Partido Social Democrata (PSD) de estar "obcecado pelo poder" e movido por "interesses pessoais”.
É fundamental esclarecer que tais acusações são infundadas e carecem de qualquer prova ou indício. Ao adotar um discurso populista e cada vez mais brejeiro, o presidente da Câmara não só desvia o foco do debate construtivo que todos desejamos para o concelho, como também tenta fazer esquecer a ausência de mudanças estruturais. Passados dez anos sob a sua liderança, o concelho continua à espera de alterações significativas que melhorem a qualidade de vida da população.
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Lamentavelmente, as palavras do presidente só confirmam o velho ditado: "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço". Não foi o PSD que se aliou a um movimento cívico para se lançar numa candidatura à câmara. Também não fomos nós que nomeamos presidentes de junta do nosso partido para cargos de assessoria na vereação. Muito menos colocámos o candidato perdedor de uma junta à frente de uma empresa municipal, nem criámos uma divisão autárquica para "compensar" a perda de uma eleição.
O que se passou na última assembleia foi, sem dúvida, lamentável. Em nome do PSD e em meu próprio nome, temos de pedir desculpas por este triste episódio. Contudo, não podemos esquecer que a responsabilidade maior recai sobre o presidente da câmara e a sua maioria. A postura adotada pelo presidente parece querer condicionar a liberdade das oposições, simplesmente porque estão a cumprir o seu papel democrático de fiscalização. Tal atitude é inaceitável num sistema democrático. Uma atitude que, diga-se, é extensível aos vereadores da maioria PS presentes na Assembleia Municipal, pela forma lamentável e condenável como compactuaram e também abandonaram a sessão, num claro desrespeito pelos direitos democráticos.
Concluo reforçando que o papel de um político autárquico deve ser o de exemplo e liderança. Fomos eleitos para servir a população, e é imperativo que o façamos com dignidade, respeito e, acima de tudo, honestidade. É tempo de voltar ao debate construtivo e focar nas verdadeiras questões que afetam o nosso concelho.
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