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Gazeta Paços de Ferreira

18/10/2021, 0:00 h

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A REVOLTA DE PEDRO NUNO SANTOS

Destaque

Apesar de membro do mesmo governo, não se coibiu de assumir publicamente a sua revolta e de dizer verdades

 

Pedro Nuno Santos tem o meu voto. Não tenho memória de ver um membro do governo com coragem para dizer o que todos sentem: a máquina burocrática do estado prejudica todos! Disse o que lhe ía na alma. Perdeu um “bom gestor” da ‘CP’, nas suas palavras. Por causa da burocracia, no caso de uma demorada resposta do Ministério das Finanças. Apesar de membro do mesmo governo, não se coibiu de assumir publicamente a sua revolta e de dizer verdades. “Alguém tem que dizer isto”, foram as suas palavras. Parabéns pela frontalidade. Os portugueses reveem-se nessa revolta.

Muitos são os bons gestores que o estado perde à custa da crónica burocracia. O governo e a política também perdem. São cada vez mais aqueles que sabem da poda que não estão dispostos a ficar mal, a passar por incumpridores e maus gestores, sem culpa. As mais das vezes optam por bater com a porta. Desta vez, um governante não bateu com a porta. Optou por dar com a língua nos dentes. Por mostrar emoção e revolta. Dizendo claramente que o estado é prejudicado com a sua própria burocracia.

Muitas foram já as promessas de modernização do estado. Muito dinheiro da Eurolândia foi gasto nesse grande objetivo nacional. Mas, não bastam máquinas, software e adequadas instalações. Para além de muita formação. É que a atitude não se compra. Reduzir ao mínimo a burocracia vai levar gerações. Está enraizada. Autoalimenta-se. É o inimigo invisível do progresso.

Há vida para além da burocracia. Mas, vamos sofrer muito até nos livrarmos dela. Há que acreditar! Até lá, parabenize-se aqueles que tem a coragem de levantar a voz contra essa chaga!

Eduardo Costa, Jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

 

 

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