08/03/2021, 1:04 h
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Domingo de sol. Convite para uma visita à praia. Alguns estendem-se sobre a toalha, bronzeiam-se, convivem em grupos. Dão um mergulho na água.
O cenário estava perfeito se não estivéssemos com regras rígidas de confinamento em estado de emergência.
Na marginal da praia estão polícias. A meio da marginal estava a linha entre dois concelhos. “Estamos aqui para impedir que as pessoas passem”. O cenário na praia de prevaricadores era observado pelos cinco polícias. “A nossa missão é estar aqui nesta tarefa, não podemos estar com atenção a outro local”. De facto, não há um polícia para cada cidadão. Ademais, “a praia é da responsabilidade da polícia marítima”. Um agente da polícia marítima informou-me que a PSP pode intervir na praia. “Somos poucos. Estivemos aí da parte da manhã, à tarde andamos noutras praias. Até uma pessoa tive que tirar da água!”.
Que fazer com quem não cumpre pondo em risco os outros? “Qualquer pessoa que saiba de atos de desrespeito à lei pode ligar para o 112. O registo será encaminhado para a força de segurança adequada, para esta intervir”.
A intervenção, ainda segundo a lei do estado de emergência, tratará da “sensibilização da comunidade quanto ao dever geral de recolhimento domiciliário e à interdição das deslocações que não sejam justificadas”.
O agente esclareceu que “abordamos para que cumpram as regras, quando não estão a ser cumpridas”.
Praia? Vamos ter juizinho para haver praia no verão!
Eduardo Costa, Jornalista, Presidente da ANIR - Associação Nacional da Imprensa Regional
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