19/09/2020, 15:20 h
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O tratamento dado ao futebol por entidades como o Governo e a Direção Geral de Saúde começa a roçar o ridículo.
Primeiro, começa por impedir a presença de adeptos no estádio, porque a prioridade é saber os efeitos causados pelo regresso às aulas. Que a escola é prioridade ninguém duvida, mas o regresso às aulas nada tem a ver com a presença de adeptos nos estádios.
Depois, sendo o futebol um evento desportivo, não se percebe a permissão de venda de bilhetes para o grande prémio de Fórmula 1, em Portimão. Há dois pesos e duas medidas no que diz respeito ao desporto.
Como se não bastasse esta diferença de tratamento, ainda brincam com o esforço e com a dignidade das equipas.
O que aconteceu na passada sexta feira, dia 11, em Santa Maria da Feira não pode ficar esquecido.
De manhã, foram conhecidos quatro casos positivos de COVID-19 em elementos do Desportivo de Chaves.
E agora? O Desportivo de Chaves vai fazer quarentena? Quinze dias sem competir?
Diz o protocolo que os jogadores infetados são considerados como lesionados e não comparecem no estádio.
O Desportivo de Chaves deslocou-se até Santa Maria da Feira, obviamente sem os elementos infetados, preparou-se para o jogo e, à hora marcada, as duas equipas estavam em campo para disputar o encontro.
O insólito acontece quando o árbitro é chamado ao túnel para atender um telefonema e o início do jogo é atrasado. Sensivelmente meia hora depois, a partida é cancelada por segurança dos presentes devido aos casos existentes na equipa de Chaves.
Já com as equipas em campo. Devido a algo que era de conhecimento nacional durante a tarde.
Deixaram o Desportivo de Chaves fazer a viagem, deixaram as duas equipas entrar em campo para depois o jogo não se realizar e ser adiado.
E agora? O Desportivo de Chaves vai fazer quarentena? Quinze dias sem competir? Quando regressar terá que começar do zero.
Se isso acontecer, quando os transmontanos disputarem o seu primeiro jogo, haverá equipas com quatro já disputados. É uma falta de respeito enorme para com todos os intervenientes, todos aqueles que gostam do desporto e o vêem ser tão mal tratado. Mas, como estamos em Portugal, sabemos que isto não ficará por aqui...
Pedro Queirós
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