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Gazeta Paços de Ferreira

21/07/2024, 0:00 h

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Opinião Opinião Politica Partido CDS/PP

OPINIÃO POLÍTICA

Estamos a viver momentos estranhos em várias temáticas e, neste nosso pequeno país, a nível político, estes tempos são mesmo estranhos.

Por Óscar Leal (Militante do CDS de Paços de Ferreira)

OPINIÃO POLÍTICA

 

 

Senão vejamos. 

 

 

Tudo teve início em 2015 com as eleições legislativas, em que, quem perdeu ganhou, ou seja, quem perdeu as eleições, através de uma manobra (democraticamente) política, “assaltou” o poder e governou vários anos, com a participação e apoio, de uma esquerda radical, que veio a ser conhecida por “geringonça”. 

 

 

Esta esquerda, que quase “destruiu” o país e algumas das suas mais valiosas instituições como o SNS. 

 

 

Os anos passaram e em março de 2024 tivemos novamente eleições legislativas e a esquerda radical e a mais moderada, perderam as eleições e a direita subiu ao poder de forma normal e democrática. 

 

 

Até aqui tudo parecia normal. 

 

 

No entanto, e ao fim destes cerca de 100 dias de governação, verifica-se algo muito estranho. A direita está no poder, mas governa como se fosse de esquerda. A esquerda está na oposição e governa melhor do que se estivesse no governo. 

 

 

Confusos? Estamos todos. 

 

 

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A AD está no governo e anda a distribuir dinheiro por toda a gente. Leia-se toda a gente, os professores, os polícias, de seguida vêm os enfermeiros e, quem sabe, de novo os médicos. 

 

 

Sim os médicos. Aqueles que, ainda há poucos meses, foram aumentados em 15% nos seus salários. Quantos de nós tivemos aumentos deste calibre? O governo de direita está a governar à esquerda e o PS com a preciosa ajuda do Chega, tem tido iniciativas legislativas muito mais à direita do que a direita gostaria. Basta lembrar a polémica com a descida do IRS.

 

 

Com esta extraordinária distribuição de dinheiro a tudo e a todos (naturalmente pessoas ligadas ao sector público), vai necessariamente correr mal, a médio/ longo prazo. 

 

 

Aquilo de que se acusou a “geringonça” e o governo PS posterior, está a ser agora praticado pela AD, mas num nível ainda mais elevado. Veja-se a questão dos professores que o governo PS sempre recusou negociar e basta chegar a AD ao poder e tudo já está resolvido com enormes custos para todos nós. 

 

 

Vai correr mal. A famosa “almofada financeira” vai à vida e, depois, quem paga são os mesmos do costume. Temos alguma dificuldade em aceitar e perceber, como em tão pouco tempo, se pode desbaratar tanto dinheiro, que vai condicionar o Orçamento de Estado deste ano e dos próximos anos.

 

 

 

 

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