YNWA

E isto diz muito sobre a pessoa. Era alguém que sabia andar nisto. Começou de baixo, do zero. Tinha os holofotes todos sobre si quando esteve em Paços de Ferreira e assinou pelo Atlético de Madrid.

Não se iludiu. Veio ao FC Porto e depois soube dar um passo atrás antes de dar dois à frente. Foi para o Wolves e acabou no Liverpool. Um dos maiores do mundo.

Conquistou a Premier, era jogador de seleção e nunca foi contestado. Era suplente, sobretudo na seleção, e não foram conhecidos episódios em que tenha confrontado o treinador ou alguém da estrutura. 

Parecia ser um homem simples. Era bem sucedido, sabia integrar-se num grupo e ocupava o seu lugar. Não precisou de quaisquer outros ou de arranjar polémicas para ser falado ou subir na carreira.

Quis a vida, o destino, Deus ou qualquer ser superior em que se queira acreditar, levá-lo cedo demais. Mas o Liverpool soube eterniza-lo. Trazê-lo de volta não é possível, mas fazer com que nunca seja esquecido só está ao alcance dos melhores. E o Liverpool mostrou ser um clube onde realmente ninguém caminha sozinho. 

Na infelicidade, o seu irmão, André, também partiu. Jogador do Penafiel, quase nem comparável com o nível do irmão Diogo, teve praticamente a mesma expressão ao nível das homenagens.

Fica para a história um homem bom, pai de família, ao lado da mulher que conheceu na juventude, ótimo jogador e, sobretudo, reconhecido por tudo isso. A camisola 20 do Liverpool não mais será usada por outro jogador porque só terá um nome… o seu nome é Diogo!

Nota do Editor:

O título deste artigo, YNWA, é a abreviação de "You'll Never Walk Alone" ("Você nunca andará sozinho") e é usada para expressar união e apoio a uma equipa, independentemente do resultado em campo. É mais conhecida por ser entoada pelos adeptos do Liverpool Football Club.

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