28/09/2025, 12:39 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Aida Gomes (Candidata a Vereadora pela Coligação MAIS PPD-PSD/CDS-PP)
Com o aumento das desigualdades sociais, o envelhecimento da população, a precariedade laboral e os desafios do acesso à habitação, torna-se imperativo reforçar e repensar a forma como se articula o apoio social. É neste contexto que o trabalho em rede se apresenta não como uma opção, mas como uma necessidade estruturante para garantir eficácia, proximidade e dignidade no apoio aos mais vulneráveis.
Em Paços de Ferreira, assistimos a um esforço contínuo por parte da autarquia, das juntas de freguesia, das instituições particulares de solidariedade social (IPSS), das associações e de outros agentes locais. No entanto, o sucesso destas iniciativas depende, em larga medida, da capacidade de colaboração interinstitucional. Não basta que cada entidade faça o seu melhor de forma isolada; é essencial que exista uma estratégia comum, com partilha de recursos, informação e objetivos, e a Rede Social do concelho, que tem essa função, tem de ter um papel mais ativo na procura e criação de sinergias entre os vários parceiros locais. Ainda assim, há muito por fazer, para garantir que este trabalho em rede se traduza em respostas mais ágeis, integradas e eficientes. A criação de equipas multidisciplinares, o mapeamento contínuo das necessidades locais e a escuta ativa das comunidades são alguns dos caminhos possíveis para reforçar essa articulação.
Além disso, o papel da comunidade não pode ser ignorado. O voluntariado, a solidariedade de vizinhança e a participação cívica são elementos fundamentais para uma ação social sustentável e humanizada. É preciso promover uma cultura de corresponsabilidade, onde cada cidadão compreenda que a inclusão e o bem-estar coletivo são tarefas partilhadas.
A ação social não se pode esgotar em respostas assistencialistas. Deve ser transformadora, promotora de autonomia e capaz de quebrar ciclos de pobreza e exclusão. Isso só será possível se Paços de Ferreira continuar a apostar no trabalho em rede como modelo de governação social, reforçando parcerias, planeando com visão e, sobretudo, colocando as pessoas no centro das decisões.
Em tempos de incerteza, é fundamental que o concelho se una em torno de uma visão social mais coesa, mais humana e mais justa. A ação social é, afinal, um reflexo do compromisso coletivo com os valores da dignidade, da solidariedade e da justiça social.
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