A União Europeia não tem futuro

Independentemente das diferentes concepções de sociedade, da maior ou menor afinidade com regimes políticos e culturas , a cimeira de Pequim, a pretexto das comemorações da vitória da China sobre o invasor Japão e potências do eixo, juntando RP China, Federação Russa, Índia,  Coreia do Norte, Paquistão, Irão e muitos outros países asiáticos,  tem para mim um enorme significado. E os diálogos estabelecidos confirmam a viragem radical do poder mundial. O monumental desfile militar não poderá ser depreciado.

A União Europeia, atrelada à velha ordem e  subordinada aos Estados Unidos, não tem futuro.

Uma conclusão evidente e inquietante

O líder da extrema direita mentiu grosseiramente quando acusou o Presidente da República de viajar impunemente ao estrangeiro, sem critério nem objectivo. E procurando remediar grotescamente o fatal erro, acrescentou outro com um número falso do total dessas viagens nos seus mandatos. Uma autêntica catástrofe...

Mas a afronta ao Presidente da República, que foi política certamente mas também pessoal, não deveria ficar isenta de significado e de reparação. A um membro do Conselho de Estado dever-se-ia exigir nas suas intervenções verdade, ponderação, sentido de Estado, equilíbrio. E quando não cumprida essa exigência, dever-se-ia seguir um pedido formal e consequente de desculpas.

Mas na defesa dos valores da Democracia de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa não se importou e absteve-se de tal exigência. O País observou estupefacto que o Presidente da República, a mais alta figura do Estado, aceita sem resposta o insulto, a maledicência, a insinuação. E porquê?

Terá sido por medo, por temor de réplicas colaterais por parte do proto-fascista? Estou cada vez convencido que sim. Um Presidente encurralado, nas mãos da turba. Uma página negra na História de um País.

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