10/01/2022, 0:00 h
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Renovado o ano vem com ele também a renovação da motivação. Os primeiros dias do ano são dotados de uma esperança extra, de um fazer o que ainda não foi feito, de uma nova chance de viver como gostaríamos de viver. E é nesses primeiros dias do ano que fazemos planos, que voltamos à dieta, que procuramos onde e com quem fazer exercício, que nos comprometemos em cuidar de nós. É nessa ressaca pós-festas ou num novo início que encontramos alento para que tudo seja possível.
E tal é tudo o que necessitamos para implementar uma mudança, uma nova rotina, uma reabilitação da relação com o nosso corpo. A vontade de cortar com o que sabemos que nos faz mal, a motivação para não repetirmos os mesmos erros da “outra vida” e, sobretudo, a ânsia de estar bem, de sentir saúde, de aumentar a resistência a doenças e estar cá para o ano em ainda melhor condição. Ou pelo menos mantê-la.
Por isso vos convido a dar o passo de estabelecerem um compromisso com vocês próprios. Convido-vos a respeitarem o vosso cansaço. A procurarem ajuda, aceitarem o que a ajuda vos aconselha, vos incentiva.
As ajudas orientam-nos. Mas elas não poderão fazer por nós o que nós temos que fazer por nós próprios, pelo nosso corpo, pelo nosso bem-estar. A ajuda não consegue caminhar por nós e dar-nos os créditos. A ajuda não consegue comer bem por nós e dar-nos o equilíbrio na inflamação e na balança. A ajuda não consegue parar, respirar, pôr no papel tudo o que se passa na nossa cabeça e dar-nos o mindfullness.
A ajuda é uma mão que nos orienta. Uma mão na qual acreditamos. Mas precisamos de confiar em nós próprios, na nossa capacidade para sermos capazes de criar a mudança, que tanto essa ajuda nos mostra que podemos alcançar.
Diz-se que o ser humano tem dificuldade em criar rotinas ou precisa de rotinas. O ser humano tem dificuldade em adoptar pequenos passos, novas pequenas rotinas que podem criar uma grande mudança ao final de um ano.
Esses pequenos passos, esses primeiros 10 minutos de respiração consciente por dia introduzidas nas nossas 24 horas super preenchidas e delineadas, esse abertura de espaço para fazer algo diferente do que comumente fazemos, será o ponto de viragem para, ao final de um ano, um novo hábito saudável estar implementado.
E a respiração consciente é algo simples, não nos faz transpirar nem ter que vestir uma roupa especifica para o fazer. E a cereja no topo do bolo é que pode ser feito em qualquer lugar. Basta, por 10 minutos, colocarmo-nos em primeiro lugar na hierarquia das nossas prioridades.
Convido-vos a iniciar 2022 com a prática de respiração consciente. Dar uma oportunidade a nós mesmos de tentar algo é o baby step para, quem sabe, uma nova relação com o corpo.
Bom Ano.
Marta Gomes (MSc, PT)
//Fisioterapeuta // Medicina Chinesa // Pilates // Saúde da Mulher Integrativa
instragam: @martagomes.saude
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